Cidadã russo-americana presa na Rússia estava animada para visitar avós, diz namorado à CNN
Ksenia Karelina foi acusada de traição após doar US$ 51 (R$ 251) a ONG
Ksenia Karelina, uma cidadã com dupla-nacionalidade, de Estados Unidos e Rússia, estava entusiasmada por voltar à sua cidade natal, na Rússia, para ver os avós, mas foi presa e agora enfrenta acusações de traição por supostamente doar US$ 51 (R$ 251) a uma instituição de caridade ucraniana, disse seu namorado à CNN.
Chris Van Heerden pontuou que nunca pensou que isso iria acontecer. O casal, que morava em Los Angeles, voou junto para Istambul antes de Karelina seguir para a Rússia para ver sua família. Van Heerden pegou um voo de volta para a Califórnia.
Ele explicou à CNN que Karelina foi detida, mas libertada, quando entrou no país. Mais tarde, no dia em que ela deveria voltar para os Estados Unidos, ela disse a ele que estava aliviada por eles a deixarem ir para casa – mas essa foi a última vez que tive notícias da namorada.
“Acredito na América. Acredito que a América a trará de volta para mim e é essa a esperança que tenho”, afirmou Van Heerden, acrescentando que ela nunca falou sobre quaisquer doações, que é “muito orgulhosa de ser russa” e que “nunca interveio em nada sobre a guerra” na Ucrânia.
O namorado disse ainda que ela escreveu uma carta para ele depois de ser presa. Na carta, que ele chama de “história de amor”, Karelina descreve as condições e expressa sua preocupação com o Van Heerden.
Ele ressaltou que sua atitude sobre o que vai acontecer varia dia a dia. Alguns dias ela é forte e sente que vai chegar em casa logo.
Mas, em outros dias, ela escreveu para ele que: “É como se eu fosse sentar na minha cama e ficar olhando para a parede por horas, tipo, sabendo que vou estar aqui para sempre”, porque é isso que ela está pensando.
