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    Chuvas no Paquistão deixam mais de 900 mortos, incluindo 326 crianças

    Desastre deixou milhares de pessoas sem abrigo e comida, sedundo a ministra paquistanesa para Mudanças Climáticas, Sherry Rehman

    Sophia SaifiBonnie TurnerTara Johnda CNN

    Pelo menos 903 pessoas morreram no Paquistão devido a fortes chuvas e inundações neste verão, enquanto o país vê seu oitavo ciclo de chuvas de monção, disse a ministra paquistanesa para Mudanças Climáticas à CNN na quarta-feira (24), quando o país apelou por assistência internacional.

    Milhares não têm abrigo e comida devido a este “desastre humanitário”, disse Sherry Rehman. “Enquanto falamos, milhares estão desabrigados sem abrigo, sem comida. E as linhas de comunicação foram cortadas. É um grave desastre humanitário.”

    Ela também twittou que entre os mortos estão 326 crianças. O governo está utilizando todos os recursos disponíveis para ajudar as vítimas, disse ela.

    As fortes chuvas de monção e inundações afetaram 2,3 milhões de pessoas no Paquistão desde meados de junho, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

    Pelo menos 95.350 casas foram destruídas, segundo a agência humanitária. A província de Sindh, no sudeste, e a província de Baluchistão, no sudoeste, são as duas “províncias mais afetadas em termos de impacto humano e de infraestrutura”, escreveu o OCHA em um comunicado de imprensa na terça-feira.

    Mais de 504 mil animais foram mortos, quase todos no Baluchistão, enquanto quase 3.000 quilômetros de estradas e 129 pontes foram danificadas, bloqueando o acesso às áreas afetadas pelas enchentes, escreve o OCHA.

    Na quarta-feira, a Autoridade Nacional de Gerenciamento de Desastres (NDMA) disse que mais financiamento internacional era necessário para alívio de enchentes, reabilitação e reconstrução de infraestrutura danificada.

    Um homem anda de bicicleta ao longo de uma estrada inundada, após fortes chuvas durante a estação de monções em Karachi, Paquistão / Akhtar Soomro/Reuters

    Rehman, que falava em um briefing do NDMA na quarta-feira, comparou a situação a inundações recordes em 2010, mas disse que grande parte do Baluchistão, sul do Punjab e 30 distritos da região de Sindh estão enfrentando um “desastre humanitário sem precedentes”.

    “As pessoas estão à deriva, o gado e as colheitas estão danificados”, disse Rehman.

    Mais chuvas fortes e inundações são esperadas, e escolas no Baluchistão e Sindh foram fechadas em antecipação a um novo período de chuva de monção esperado para o final da semana.

    A China disse na quarta-feira que forneceria ajuda humanitária de emergência ao Paquistão, de acordo com um tweet da Embaixada da China no Paquistão. Os suprimentos incluiriam 25 mil barracas junto com US$ 300 mil em dinheiro de emergência para ajudar as regiões atingidas pelas enchentes no Paquistão, segundo o comunicado.

    O Paquistão tem chuvas de monção todos os anos, mas nada foi tão ruim quanto as chuvas deste verão, disse Rehman à CNN. Os moradores foram pegos desprevenidos, por exemplo, quando 400 milímetros de chuva caíram ao longo de horas na maior cidade do Paquistão, Karachi, disse ela.

    “Nenhuma cidade é estruturada ou preparada ou resiliente ao clima para lidar com essa quantidade de água em tão pouco tempo”, disse ela. “Esta é uma chuva torrencial de proporções bíblicas.”

    Julho foi o mais chuvoso em três décadas, com 133% mais chuva do que a média dos últimos 30 anos, disse a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres no início de agosto. O Baluchistão, que faz fronteira com o Irã e o Afeganistão, recebeu 305% mais chuva do que a média anual, disse a agência de desastres.

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