Chuva e frio dificultam restauração de energia em residências ucranianas
Após os ataques russos contra a infraestrutura energética da Ucrânia na quarta-feira (23), a empresa que fornece energia elétrica ao país enfrenta dificuldades em retomar a eletricidade em residências
A corrida para restaurar a energia elétrica em residências na Ucrânia está sendo dificultada por “ventos fortes, chuva e temperaturas abaixo de zero”, alertou a empresa nacional de fornecimento de energia Ukrenergo na sexta-feira (25).
“O ritmo de restauração [para consumidores domésticos] foi retardado por condições climáticas difíceis: devido a ventos fortes, chuva e temperaturas abaixo de zero à noite, gelo e rajadas de vento nas redes de distribuição, que aumentam os danos causados pelos mísseis russos”, afirmou, acrescentando que as equipes de reparo estavam “trabalhando dia e noite para reparar os danos”.
“Mais de 70% das necessidades de consumo do país” já foram atendidas, diz o comunicado, e a energia foi restaurada para “instalações de infraestrutura crítica em todas as regiões: caldeiras, estações de distribuição de gás, concessionárias de água, estações de tratamento de esgoto”.
No entanto, o comunicado disse que ainda existe um déficit de eletricidade no sistema, que levaria os consumidores a perderem o acesso à eletricidade por vezes em “horários de restrição de consumo planejados e emergenciais”.
“Pedimos aos ucranianos que se lembrem de que, se não houver luz na casa, significa que os reparadores estão trabalhando naquele exato momento”, disse a Ukrenergo.
Infraestrutura sob ataque
O ataque da Rússia à infraestrutura na quarta-feira (23) resultou no fechamento temporário da maior parte das usinas de energia da Ucrânia e deixou a maioria das pessoas sem eletricidade. As forças armadas ucranianas disseram que 70 mísseis russos foram lançados na tarde de quarta-feira e 51 abatidos, juntamente com cinco drones de ataque.
A Rússia voltou as atenções para a destruição da infraestrutura de energia na Ucrânia antes do rigoroso inverno, e sucessivas ondas de ataques deixaram grande parte do país enfrentando apagões contínuos.
