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    China repreende EUA em telefonema antes de viagem de Blinken a Pequim

    Qin Gang se pronunciou de forma contundente quanto às rusgas entre os dois países e acusou o governo norte-americano de se envolver nos assuntos chineses; tom foi bem mais áspero que o anunciado por Washington

    da Reuters

    O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, pediu aos Estados Unidos para pararem de se intrometer em seus assuntos e prejudicar sua segurança em um telefonema com o colega norte-americano, nesta quarta-feira (14), uma prévia tensa da visita do secretário de Estado, Antony Blinken, a Pequim prevista para os próximos dias.

    O tom usado por Qin mostra que a conversa entre ambos foi muito mais tensa do que fez parecer a Departamento de Estado norte-americano anteriormente. Horas antes, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, informou em comunicado que Blinken discutiu “a importância de manter linhas de comunicação abertas” para gerenciar com responsabilidade as relações entre os EUA e a China para “evitar erros de cálculo e conflitos”.

    Qin disse a Blinken para respeitar as preocupações centrais da China, como a questão de Taiwan, em um esforço para conter o declínio das relações entre as superpotências, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China.

    Blinken enfatizou a necessidade de comunicação “para evitar erros de cálculo e conflitos” e disse que os EUA continuarão a levantar áreas de preocupação, bem como uma possível cooperação com a China, disse o Departamento de Estado em um breve resumo da ligação.

    O principal diplomata dos EUA deve viajar para China e Reino Unido entre 16 e 21 de junho, informou o Departamento de Estado nesta quarta-feira, depois que uma autoridade norte-americana disse na semana passada que Blinken estaria em Pequim em 18 de junho. A mídia estatal chinesa disse que ele deve visitar a China em 18 e 19 de junho.

    Enquanto estiver lá, Blinken se reunirá com autoridades chinesas de alto escalão para “levantar questões bilaterais de preocupação”, além de outros assuntos globais e regionais e “desafios transnacionais compartilhados”, afirmou o Departamento de Estado em um comunicado.

    Se a viagem de Blinken se confirmar, será a primeira visita à China do principal diplomata de Washington em cinco anos e a visita de maior destaque do governo do presidente Joe Biden, que tem entrado em conflito com Pequim por questões que vão desde alegações de espionagem a uma disputa de semicondutores.

    (Publicado por Fábio Mendes, com informações da Reuters)

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