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    China registra primeiras mortes por Covid-19 em quase 6 meses e vê aumento de casos

    Antes do último fim de semana, a morte mais recente relacionada ao Covid-19 na China havia ocorrido em 26 de maio, em Xangai

    Tara SubramaniamNectar Ganda CNN

    A China registrou suas primeiras mortes de pacientes com Covid-19 em quase seis meses, enquanto o país luta para conter um aumento de casos em várias cidades e testa os limites de sua dura estratégia de Covid zero.

    Nesta segunda-feira (21), a Comissão Nacional de Saúde da China relatou duas mortes de pacientes em Pequim no domingo, após a morte de um homem de 87 anos na capital no sábado.

    As mortes ocorrem quando o país enfrenta um aumento de casos, com 26.824 novas infecções relatadas no domingo, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde – o maior número diário desde meados de abril, e o sexto dia consecutivo acima de 20 mil.

    Antes do último fim de semana, a morte mais recente relacionada ao Covid-19 na China havia ocorrido em 26 de maio, em Xangai, que foi bloqueada por dois meses até junho devido a um grande surto.

    A China é a última grande economia do mundo que ainda aplica medidas estritas de Covid zero, que visam eliminar as cadeias de transmissão por meio de restrições nas fronteiras, testes em massa, quarentenas extensas e bloqueios rápidos em bairros ou cidades inteiras – às vezes por meses a fio.

    No início deste mês, o governo chinês anunciou uma flexibilização limitada da política, desencorajando testes em massa desnecessários e classificação excessivamente zelosa de áreas restritas de “alto risco”. Também eliminou os requisitos de quarentena para contatos próximos secundários e reduziu o tempo que contatos próximos e chegadas internacionais devem passar em quarentena.

    Após o anúncio, várias cidades chinesas cancelaram testes em massa da Covid, mas as rígidas restrições impostas pelas autoridades locais para conter surtos permanecem em vigor.

    Na metrópole do sul de Guangzhou, as autoridades impuseram na segunda-feira um bloqueio de cinco dias em Baiyun, o distrito mais populoso da cidade, com 3,7 milhões de habitantes e lar de um dos aeroportos internacionais mais movimentados do país.

    A cidade é o epicentro do surto em andamento na China, tendo relatado dezenas de milhares de casos e bloqueado vários distritos neste mês. Na semana passada, alguns moradores se revoltaram contra um bloqueio prolongado , derrubando barreiras e marchando pelas ruas.

    Em Pequim, as escolas de vários distritos passaram para aulas online na segunda-feira, quando as autoridades relataram 962 infecções no domingo, ante 621 no dia anterior.

    Em Chaoyang, o distrito mais atingido e lar de muitas empresas e embaixadas internacionais, o governo distrital pediu aos residentes que fiquem em casa no fim de semana, com vários restaurantes, academias, salões de beleza e outras instalações fechadas.

    O número crescente de casos e os controles que os acompanham levaram mais residentes em toda a China a questionar os custos das medidas de Covid zero.

    Para os cidadãos que estão presos em confinamento, problemas recorrentes como acesso imediato a cuidados médicos ou comida e suprimentos suficientes, ou perda de trabalho e renda, repetidamente levaram a dificuldades e tragédias, incluindo inúmeras mortes que se acredita estarem ligadas ao atraso no acesso a serviços médicos.

    Na cidade central de Zhengzhou, a morte de uma menina de 4 meses em quarentena em um hotel gerou protestos em todo o país na semana passada. Foi a segunda morte de uma criança sob as restrições da Covid neste mês.

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