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    China quer ocupar vácuo de poder deixado pelos EUA no Afeganistão, diz professor

    À CNN, Gunther Rudzit afirmou que o Talibã não deve buscar isolamento diplomático

    Amanda Garcia, da CNN, em São Paulo

    A tomada de poder do Talibã no Afeganistão, que se consolidou no último fim de semana, trará repercussões geopolíticas para a região. De acordo com o professor de Relações Internacionais da ESPM, Gunther Rudzit, a China buscará ter maior influência na região.

    O governo chinês fez um aceno para estabelecer relações diplomáticas com o novo governo, ao prometer cooperação.

    Em entrevista à CNN, o professor avalia que o maior problema do Talibã há vinte anos, quando estava no poder, foi o isolamento. “O único governo que o reconheceu, na época, foi o Paquistão, que fundamentalmente criou o Talibã. Houve isolamento diplomático, político e até econômico.”

    Agora, porém, o cenário é outro: “Há interesses de países, como a China, que quer ocupar o vácuo de poder que os americanos deixaram.”

    A derrubada do governo afegão aconteceu após a retirada das tropas norte-americanas do país, depois de ocupação que começou em 2001.

    Gunther Rudzit também acredita que a ocupação do Talibã aumentará a tensão interna entre os estados da União Europeia. “A região já sofre com crise de refugiados e passará por um novo teste.”

    Ele explica que haverá pressão para os europeus receberem esses refugiados, “principalmente para as famílias que cooperavam com soldados da OTAN que estavam no Afeganistão.”