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    China impõe lockdown a 400 mil pessoas após 18 novos casos de Covid-19

    Autoridades anunciaram que "todas as aldeias, comunidades e edifícios serão totalmente fechados" em Anxin, a 150 km de Pequim

    Isaac Yee e James Griffiths, , da CNN

    Enquanto o número de pessoas mortas pelo novo coronavírus ultrapassa 500.000 em todo o mundo, a China não quer correr o risco de uma segunda onda dominar o país – apesar de ter contido o surto nos últimos meses.

    Em contraste com o relaxamento das medidas restritivas em meio às altas taxas de infecção nos Estados Unidos e em partes da Europa, cerca de 400.000 pessoas estão em lockdown (bloqueio total) em Anxin, na província de Hebei, perto de Pequim, após a confirmação de 18 novos casos na região.

    Em um comunicado, as autoridades anunciaram no domingo (28) que “todas as aldeias, comunidades e edifícios serão totalmente fechados” em Anxin. As famílias só podem enviar uma pessoa por família para comprar mercadorias uma vez por dia – e todos os veículos externos são proibidos.

    Anxin fica a cerca de 150 quilômetros ao sul de Pequim, onde um pequeno surto neste mês foi acompanhado por medidas tomadas “em tempos de guerra”.

    Em meados de junho, um conjunto de casos estava ligado a um mercado de produtos frescos no sudoeste da capital. Como se constatou que as infecções já haviam se espalhado para as províncias próximas de Liaoning e Hebei, houve um alarme generalizado sobre o potencial de uma segunda onda na China.

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    As autoridades rapidamente impuseram um bloqueio em 11 conjuntos residenciais nas proximidades do mercado, proibindo qualquer pessoa de entrar ou sair. Os moradores tiveram suas temperaturas verificadas e relatadas diariamente, e seus alimentos passaram a ser entregues em casa.

    Pequim também lançou testes em massa para o novo coronavírus, instalando 193 cabines de testagem em toda a cidade. Mais de 76.000 pessoas foram testadas dentro de 48 horas após a detecção do “cluster”, que consiste na existência de casos centralizados em uma determinada região.

    Em entrevista à CNN em maio, um dos principais especialistas em sistema respiratório da China, Zhong Nanshan, alertou que o país ainda enfrenta o “grande desafio” de um possível retorno do vírus, e as autoridades não devem ser complacentes.

    “A maioria dos chineses, no momento, ainda está suscetível à infecção pela Covid-19 devido à falta de imunidade”, disse Zhong. “Estamos enfrentando [um] grande desafio, penso que não é melhor do que os [desafios enfrentados pelos] países estrangeiros”. 

    Os esforços para conter o surto em Pequim parecem ter sido bem sucedidos até agora, demonstrando novamente a eficácia do lockdown, do distanciamento social e do uso de máscaras combinados a uma larga testagem. No último domingo (28), houve apenas oito novos casos de Covid-19 detectados na cidade, contra dezenas apenas uma semana atrás.

    Quase 8 milhões de residentes de Pequim foram testados para o novo coronavírus, disseram autoridades locais no domingo, com o número de testes diários subindo de 40.000 para mais de 450.000.

    (Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês).

     

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