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    China e Rússia realizaram exercícios militares no Mar do Sul da China 

    Manobras militares ocorrem na mesma região em que EUA e Filipinas realizam exercícios nesta semana

    Joe Cashda Reuters

    A China e a Rússia realizaram exercícios navais com fogo real no Mar do Sul da China nesta semana, informaram os meios de comunicação estatais russos e chineses, tendo os dois países reforçado os laços militares e comerciais nos últimos anos, após sanções dos EUA.

    Ambos os países deveriam mobilizar pelo menos três navios cada para os exercícios de três dias, informou o jornal estatal chinês Global Times na noite de terça-feira (16), citando a Marinha do Exército de Libertação Popular.

    A cerimônia de abertura do exercício naval russo-chinês ‘Cooperação Marítima – 2024’ teve lugar no porto chinês de Zhanjiang, informou o Ministério da Defesa russo no início desta semana na aplicação de mensagens Telegram.

    Durante as manobras marítimas, as tripulações dos navios da Frota Russa do Pacífico e da Marinha do ELP deveriam realizar exercícios conjuntos de defesa aérea e exercícios antissubmarinos com o envolvimento da aviação naval antissubmarina do ELP, disse o Ministério da Defesa russo.

    A agência de notícias estatal russa RIA informou na terça-feira, citando a Frota Russa do Pacífico, que a Marinha Russa e a Marinha Chinesa conduziram disparos de artilharia como parte dos exercícios conjuntos.

    Os exercícios seguem-se à conclusão de uma patrulha naval conjunta separada no Pacífico Norte, que o Ministério da Defesa russo disse anteriormente envolver um destacamento de navios da Frota Russa do Pacífico, incluindo duas corvetas, a Rezky e a Gromky.

    Wang Guangzheng, do Teatro Sul da Marinha do ELP, disse à emissora estatal chinesa CCTV na terça-feira que: “a patrulha conjunta China-Rússia promoveu o aprofundamento e a cooperação prática entre os dois em múltiplas direções e campos”.

    “E melhorou efetivamente a capacidade dos dois lados de responderem conjuntamente às ameaças à segurança marítima”.

    Os navios participantes partiram de Zhanjiang, na província de Guangdong, no sul da China, na segunda-feira (15), acrescentou o relatório, citando um comunicado da Marinha do ELP.

    O relatório não especificou onde os exercícios foram realizados na área contestada.

    Na terça-feira, no mesmo mar, as guardas costeiras dos Estados Unidos e das Filipinas também realizaram um treinamento conjunto, um exercício bilateral de busca e salvamento, de acordo com um comunicado da Marinha dos EUA divulgado nesta quarta-feira (17).

    As operações, envolvendo um barco da Guarda Costeira dos EUA da 7ª Frota dos EUA e um navio patrulha filipino, incluíram um treinamento conjunto de navegação e busca e resgate, evoluções de transferência de pessoal e navegação bilateral.

    “Esperamos promover nosso relacionamento enquanto nos esforçamos para preservar um Indo-Pacífico livre e aberto”, disse o capitão da Marinha dos EUA Tyson Scofield, que comanda o cortador da Guarda Costeira, no comunicado, que acrescentou que tais operações ajudam a desenvolver a interoperabilidade tática entre marinhas aliadas no Indo-Pacífico.

    A China reivindica o controlo de quase todo o Mar do Sul da China, incluindo o disputado Second Thomas Shoal, onde as Filipinas mantêm um navio de guerra enferrujado que encalhou deliberadamente em 1999 para reforçar as suas reivindicações marítimas e que tem sido fundamental para um impasse recente entre os dois países.

    As tensões crescentes levaram as autoridades dos EUA a lembrar a Pequim que as suas obrigações no tratamento de defesa mútua com as Filipinas são rígidas.

    A China e a Rússia declararam uma parceria “sem limites” em 2022, quando o presidente Vladimir Putin visitou Pequim poucos dias antes da invasão da Ucrânia. A China ainda não condenou a invasão e intensificou as suas exportações para a Rússia, ajudando Moscou a manter a sua economia de guerra.

    A parceria “sem limites” viu o comércio bilateral atingir um recorde de us$ 240,1 bilhões em 2023, um aumento de 26,3% em relação ao ano anterior, de acordo com dados alfandegários chineses.

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