China e Filipinas acusam-se por colisões no disputado Mar da China Meridional
Dois incidentes foram registrados neste domingo (22), segundo as Guardas Costeiras dos dois países
A China e as Filipinas se acusaram neste domingo (22) de causar colisões em uma área disputada do Mar da China Meridional – o mais recente de uma série de confrontos marítimos entre os dois países, que aumentaram as tensões regionais.
As autoridades filipinas afirmaram em um comunicado que um navio da Guarda Costeira chinesa realizou “manobras de bloqueio perigosas” que o levaram a colidir com um navio filipino que transportava abastecimentos para tropas estacionadas em Ayungin Shoal, também conhecido como Second Thomas Shoal, na cadeia das Ilhas Spratly.
A ação da China foi “provocativa, irresponsável e ilegal” e “colocou em perigo a segurança da tripulação” dos barcos filipinos, disse a Força-Tarefa Nacional para o Mar das Filipinas Ocidental.
Em um segundo incidente no domingo, a força-tarefa filipina disse que um navio da milícia marítima chinesa colidiu com um navio da guarda costeira filipina, que estava na mesma missão de reabastecer o BRP Sierra Madre.
Em um comunicado, a Guarda Costeira chinesa acusou as Filipinas de violar o direito marítimo internacional e de ameaçar a segurança da navegação dos navios chineses.
Acusou o primeiro navio filipino de invadir as águas do que chama de ilhas Nansha e recife Renai, levando o navio chinês a interceptar “de acordo com a lei” e resultando em uma “pequena colisão”.
No segundo incidente, a Guarda Costeira chinesa disse que o navio filipino “provocou problemas propositalmente e inverteu o curso”, causando uma colisão com um barco de pesca chinês.
Pequim reivindica “soberania indiscutível” sobre quase todos os 2,8 milhões de quilômetros quadrados do Mar da China Meridional, bem como sobre a maior parte das ilhas e bancos de areia dentro dele.
Em 2016, um tribunal internacional em Haia decidiu a favor das Filipinas em uma disputa marítima histórica, que concluiu que a China não tem base jurídica para reivindicar direitos históricos sobre a maior parte do Mar do Sul da China. Pequim ignorou a decisão.