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    COP27

    China e EUA quebram o gelo e realizam encontro bilateral na COP27

    Enviados especiais para o clima dos dois países se encontram em Sharm el-Sheik, mas John Kerry diz que a relação ainda não está normal

    Américo Martinsda CNN em Sharm el-Sheik, no Egito

    Os enviados especiais para o clima da China, Xie Zhenhua, e dos Estados Unidos, John Kerry, tiveram um importante encontro bilateral nesta quarta-feira (9), na COP27, em Sharm el-Sheik, no Egito.

    A reunião não estava na agenda formal da Cúpula do Clima, mas foi a primeira vez em que os dois lados conversaram sobre mudanças climáticas nos últimos meses.

    A ação conjunta dos dois países é considerada fundamental para que o mundo possa combater os impactos do aquecimento do planeta, já que a China e os EUA são, respectivamente, o primeiro e segundo maiores poluidores do mundo.

    As duas potências econômicas vinham colaborando na frente climática anteriormente, mas isso acabou em agosto deste ano, quando a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha de Taiwan – considerada pela China uma província rebelde e parte do território chinês.

    A visita de Pelosi provocou uma reação irada da China, que suspendeu imediatamente todas as conversas e colaborações na agenda climática com os EUA.

    Zhenhua afirmou na COP27 que a visita de Pelosi “feriu os sentimentos do povo chinês”.

    Logo depois do encontro, no entanto, Kerry indicou que o gelo foi quebrado, mas que muitas ações ainda são necessárias para que os dois lados voltem à total colaboração.

    O representante da China também anunciou que o seu país está disposto a ajudar no financiamento para que nações em desenvolvimento mudem sua matriz energética em direção à uma economia verde.

    Essa seria uma contribuição voluntária, já que a China é considerada também um país em desenvolvimento pela Organização Mundial do Comércio (OMC) – embora seja a segunda maior economia do mundo.

    Kerry já havia dito anteriormente que a China deveria pagar por seus próprios meios a sua própria transição para uma economia verde, e que também deveria ajudar nações mais pobres.

    O assunto, segundo o representante chinês, não foi abordado na reunião bilateral – e a China teria agido por sua própria conta.

    Fachada do centro de convenções da COP27, no Egito / 9/11/2022 Emilie Madi/Reuters