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    China ameaça aumentar sanções a Taiwan em nova escalada de tensão

    Porta-voz chinês do comércio entre as nações disse que apoio à independência "significa guerra"

    da Reuters

    O governo chinês ameaçou, nesta quarta-feira (27), impor novas sanções comerciais a Taiwan, se o partido no poder aderir com insistência ao apoio à independência. A declaração integra uma nova escalada da guerra de palavras entre as duas nações, à medida que as eleições taiwanesas, no próximo mês, se aproximam.

    As eleições presidenciais e parlamentares, que serão realizadas em 13 de janeiro, ocorrem em um momento em que a China, que vê a ilha como seu próprio território, tenta forçar Taiwan a aceitar suas reivindicações.

    Taiwan acusou, este mês, a China de coerção econômica e interferência eleitoral, depois que Pequim anunciou o fim dos cortes tarifários sobre algumas importações de produtos químicos da ilha, dizendo que Taipei violou um acordo comercial entre os dois lados, assinado em 2010.

    Isso ocorreu depois que a China afirmou que a ilha havia estabelecido barreiras comerciais em violação às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), e do acordo comercial de 2010.

    Falando em coletiva de imprensa, em Pequim, Chen Binhua, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan da China, disse que a “causa raiz” da resolução dos problemas relacionados ao acordo de 2010 foi a adesão do Partido DPP (Democrático Progressista), que está no poder, à independência formal da ilha.

    “Se as autoridades do DPP estiverem determinadas a perseverar, continuar a aderir teimosamente à sua posição de independência de Taiwan, apoiamos os departamentos relevantes a tomarem medidas adicionais de acordo com os regulamentos”, disse Chen.

    A China repudia tanto o DPP quanto seu candidato presidencial, o atual vice-presidente Lai Ching-te, que lidera as pesquisas eleitorais.

    Lai diz que não tem planos de mudar o nome formal da ilha, República da China, mas que apenas o povo de Taiwan pode decidir seu futuro. Ele também se ofereceu repetidamente, sem sucesso, para negociar com a China.

    Na origem do conflito está a fuga, para Taiwan, do governo republicano derrotado em 1949, depois da vitória numa guerra civil dos comunistas de Mao Tsé-Tung, que fundaram a República Popular da China.

    Chen disse que Taiwan está “enfrentando uma encruzilhada” sobre para onde ir e que qualquer coisa pode ser discutida, com base na oposição à independência de Taiwan. Ele reiterou que a independência de Taiwan significa guerra.

    No entanto, Chen também estendeu seus “agradecimentos sinceros” a algumas empresas taiwanesas, que doaram dinheiro para ajudar com as consequências de um terremoto numa parte remota do noroeste da China. O tremor matou 149 pessoas.

    O representante chinês, no entanto, não fez menção às condolências da atual presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, à China após o desastre e às ofertas de ajuda de seu governo.

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