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    China acusa mais um funcionário do governo de atuar como espião para os EUA

    Cidadão chinês de 39 anos, identificado apenas pelo sobrenome Hao, teria conhecido um funcionário da embaixada norte-americana no Japão

    Nectar Ganda CNN

    As autoridades chinesas acusaram publicamente nesta segunda-feira (20) um funcionário do governo de espionar para a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), o segundo caso de espionagem divulgado este mês, enquanto Pequim aumenta sua ênfase – e retórica – na segurança nacional.

    Em comunicado, a agência de espionagem civil do país, o Ministério da Segurança do Estado, disse que está investigando um quadro de um ministério não identificado que teria sido recrutado pela CIA enquanto estudava no Japão.

    O cidadão chinês de 39 anos, identificado apenas pelo sobrenome Hao, conheceu um funcionário da embaixada dos EUA no Japão enquanto solicitava um visto americano, informou o ministério.

    O funcionário dos EUA supostamente desenvolveu um relacionamento próximo com Hao, oferecendo-lhe refeições, enviando-lhe presentes e pagando-lhe para ajudar a escrever um trabalho de pesquisa, de acordo com o comunicado.

    O ministério afirmou que o funcionário da embaixada dos EUA apresentou Hao a um colega, que mais tarde se revelou um oficial da CIA e pediu a Hao que voltasse à China para trabalhar em um “departamento central e crítico”.

    Hao supostamente concordou, assinou um acordo de espionagem com os EUA e recebeu treinamento, acrescenta o comunicado.

    Ao retornar à China, Hao conseguiu um emprego em um ministério do governo e supostamente se reuniu com agentes da CIA várias vezes para “fornecer inteligência e coletar fundos de espionagem”, afirmou a agência de espionagem chinesa. A pasta confirmou que o caso está sob investigação.

    A declaração veio 10 dias depois que o mesmo ministério alegou ter descoberto outro cidadão chinês espionando para a CIA – um trabalhador de um grupo industrial militar chinês não identificado que teria sido recrutado enquanto estudava na Itália.

    As declarações sobre ambos os casos foram divulgadas pelo Ministério da Segurança do Estado no WeChat, o superaplicativo da China, onde criou sua primeira conta de mídia social voltada para o público no início deste mês.

    A agência secreta, que oferece inteligência e contra-espionagem no exterior, assim como na China, assumiu um perfil mais elevado para alertar o público chinês contra a espionagem.

    Em sua publicação de estreia no WeChat, o ministério convocou “todos os membros da sociedade” a se unirem à luta contra a espionagem e ofereceu recompensas e proteção para quem fornecer informações.

    O líder chinês Xi Jinping fez da segurança nacional uma prioridade fundamental para combater o que ele vê como ameaças crescentes de “forças estrangeiras” – especialmente dos Estados Unidos – para minar a ascensão e a estabilidade política da China.

    Os EUA e a China há muito espionam reciprocamente, mas a recente deterioração dos laços entre as duas maiores economias do mundo sobrecarregou essa rivalidade.

    No início de agosto, dois marinheiros da Marinha dos EUA na Califórnia foram presos por supostamente fornecer informações militares americanas confidenciais a oficiais de inteligência chineses.

    Veja também – China e Rússia pressionam por expansão dos Brics

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