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    Chefe do Hamas agradece apoio do Hezbollah em guerra contra Israel

    Yahya Sinwar é responsável pela atuação do grupo militante palestino na Faixa de Gaza

    Laila Bassamda Reuters

    O chefe do Hamas, Yahya Sinwar, agradeceu ao líder do Hezbollah do Líbano, Sayyed Hassan Nasrallah, pelo apoio de seu grupo no conflito com Israel, disse o Hezbollah nesta sexta-feira (13), na primeira mensagem relatada desde que Sinwar se tornou líder do Hamas em agosto.

    O Hezbollah, apoiado pelo Irã, tem realizado ataques a Israel há quase um ano, num conflito através da fronteira libanesa-israelense que tem ocorrido paralelamente à guerra de Gaza. O Hezbollah diz que os seus ataques visam apoiar os palestinos.

    “Suas ações abençoadas expressaram sua solidariedade nas frentes do Eixo da Resistência, apoiando e engajando-se na batalha”, disse Sinwar a Nasrallah, de acordo com a emissora al-Manar do Hezbollah.

    Sinwar não aparece em público desde os ataques de 7 de outubro, e acredita-se que esteja conduzindo a guerra a partir de túneis por baixo de Gaza. Foi a segunda vez nesta semana que ele enviou uma carta. O Hamas disse na terça-feira (10) que enviou um parabenizando o presidente argelino, Abdulmadjid Tebboune, por sua reeleição.

    O Hezbollah é a facção mais poderosa numa aliança de grupos apoiados pelo Irã, conhecida como Eixo da Resistência, que também entrou na briga com ataques do Iêmen e do Iraque em apoio ao Hamas durante a guerra de Gaza.

     

    Nos primeiros dias do conflito, o ex-líder do Hamas Khaled Meshaal insinuou frustração com a escala da intervenção do Hezbollah, agradecendo ao grupo, mas dizendo que “a batalha exige mais”.

    No último ano, Israel matou cerca de 500 combatentes do Hezbollah, incluindo o seu principal comandante militar, Fuad Shukr. O número de vítimas é maior do que as perdas do Hezbollah na guerra de 2006 com Israel. O Hezbollah disse não ter conhecimento prévio do ataque de 7 de outubro, que Sinwar ajudou a planejar.

    Sinwar também agradeceu a Nasrallah por uma carta que enviou expressando condolências pela morte de Ismail Haniyeh, o ex-líder do Hamas morto em Teerã em julho, em um assassinato que se acredita-se ter sido cometido por Israel.

    As hostilidades ao longo da fronteira libanesa-israelense forçaram dezenas de milhares de pessoas a abandonar ambos os lados da fronteira. O risco de escalada é grande.

    O Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse na terça-feira que as os militares de Israel estão perto de cumprir a sua missão em Gaza e que o seu foco se voltará para a fronteira com o Líbano.

    Os líderes israelenses disseram que prefeririam resolver o conflito através de um acordo que afastasse o Hezbollah da fronteira. O Hezbollah disse que continuará a lutar enquanto a guerra em Gaza continuar.

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