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    Chefe do Exército do Sudão diz que “solução militar” é único caminho

    General Abdel Fattah al-Burhan disse “não ver parceiro para negociações” que encerrem as hostilidades no país; mais de 300 pessoas morreram nos confrontos desde o último sábado 

    Da Reuters

    O governante militar do Sudão, general Abdel Fattah al-Burhan, afirmou nesta quinta-feira (20) que o confronto com as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF) são o único caminho possível no momento. Ele declarou que não consegue “ver um parceiro para negociações”, que possa colocar um fim do conflito que tomou conta de seu país.

    “Não há outra opção senão a solução militar”, disse Burhan à rede de televisão Al Jazeera em entrevista ao vivo por telefone, na qual também acusou elementos das RSF de “fechar estradas e impedir a livre circulação de pessoas ” em muitas regiões. “Uma trégua real não pode ser implementada nessas condições”, acrescentou.

    Os confrontos entre o exército sudanês e as RSF tiveram início no último sábado. Desde então, ao menos 331 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas, segundo informações da Organização Mundial da Saúde.

    Na manhã de quinta-feira, os combates foram retomados, violando um cessar-fogo que havia sido firmado na quarta-feira (19).

    Um cessar-fogo já havia sido firmado na terça-feira (18), com participação dos Estados Unidos, mas na manhã do dia seguinte os combates continuaram, com bombardeios contínuos e fortes explosões no centro de Cartum, na área ao redor do complexo do Ministério da Defesa e do aeroporto, levando o Japão a se preparar para retirar seus cidadãos do país.

    O Exército e a RSF emitiram declarações acusando-se mutuamente de não respeitar a trégua. O impasse parecia ter chegado ao fim horas depois, quando o Exército sudanês concordou em aderir ao cessar-fogo. A interrupção das hostilidades estava prevista para durar até às 18h de hoje no horário local (13 horas em Brasília).

    Evacuação

    Os Estados Unidos estão se preparando para enviar um grande número de tropas adicionais para sua base em Djibuti no caso de uma eventual evacuação do Sudão, disse uma autoridade norte-americana nesta quinta-feira, falando sob condição de anonimato.

    A França, por outro lado, não cogita ainda retirar seus cidadãos que estão no país “nesta fase”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Paris, acrescentando que o foco atual do país está em alcançar um cessar-fogo.

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