Chefe do Estado-Maior espanhol renuncia após acusação de furar fila da vacina
A Espanha contabilizou 55.441 mortes pelo novo coronavírus
O chefe do Estado-maior da Espanha renunciou ao cargo neste sábado (23), após as alegações de que havia recebido a vacina contra Covid-19 antes dos grupos prioritários.
A ministra da Defesa, Margarita Robles, pediu explicações ao general Miguel Angel Villaroya, chefe do Estado-Maior de Defesa do país, depois dos relatos da mídia na última sexta-feira (22) sobre a sua vacinação.
Em um comunicado sobre a demissão do general, o Ministério da Defesa indicou, mas não afirmou explicitamente, que Villaroya havia sido vacinado. “O general nunca pretendeu tirar proveito de privilégios injustificáveis que manchariam a imagem das Forças Armadas e colocariam em dúvida a sua honra”, disse.
Ainda de acordo com o órgão, “Villaroya tomou decisões que considerou corretas, mas que prejudicaram a imagem pública das Forças Armadas”.
No início da pandemia, o general comentou na mídia o papel dos militares em ajudar na limpeza dos asilos e no cuidado com os idosos residentes.
Os espanhóis reagiram com indignação à notícia. Outros líderes militares também foram acusados de se vacinarem antes do indicado pelo plano de vacinação do país.
“General Villarroya e outros colegas, meu companheiro tem 67 anos, tem Alzheimer e é cego. Estamos esperando a vacina. Um balconista e uma ex-enfermeira e nós estamos no primeiro grupo. Você é mais importante?” tweetou um usuário com o nome de @ Marcosendra1.
As taxas de infecção em todo o país aumentou desde o final de dezembro. Foram 42.885 novos casos adicionados à contagem na sexta-feira, elevando o número a um total de 2.499.560 casos. Mais 400 novas mortes foram notificadas, contabilizando um total de 55.441 vítimas do vírus.