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    Chefe de polícia do Japão quer assumir responsabilidade por morte de Shinzo Abe

    Itaru Nakamura amentou o fracasso da polícia em proteger o ex-primeiro-ministro, assassinado com tiros à queima-roupa em plena luz do dia

    Elaine LiesSakura Murakamida Reuters , em Tóquio

    O chefe da Agência Nacional de Polícia do Japão, Itaru Nakamura, expressou nesta quinta-feira (25) seu desejo de renunciar para assumir a responsabilidade pelo assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe em julho.

    As declarações foram dadas durante uma coletiva de imprensa de Nakamura, cuja agência é responsável pela polícia do Japão, representante importante das falhas que levaram ao assassinato de Abe.

    A segurança na cidade de Nara, no oeste do país, em 8 de julho, dia do tiroteio, foi amplamente vista como insuficiente, disseram especialistas.

    Guarda-costas poderiam ter salvado o ex-premiê protegendo-o ou tirando-o da linha de fogo nos 2,5 segundos entre o primeiro tiro perdido e o segundo tiro fatal, analisaram à Reuters oito especialistas em segurança que revisaram as imagens.

    Autoridades japonesas, incluindo o primeiro-ministro Fumio Kishida, reconheceram falhas na segurança em torno da aparição de Abe no evento da campanha eleitoral.

    A Agência Nacional de Polícia disse anteriormente à Reuters que o assassinato foi resultado de a polícia não cumprir sua responsabilidade, acrescentando que montou uma equipe para revisar as medidas de segurança e proteção e desenvolver medidas preventivas.

    Relembre o caso

    O fato de um ex-primeiro-ministro ser morto a tiros à queima-roupa em plena luz do dia em um país com uma das taxas mais baixas de crimes com armas do mundo abalou o Japão e repercutiu em todo o mundo.

    Abe, de 67 anos, foi declarado morto pouco mais de cinco horas depois de ser baleado enquanto fazia um pronunciamento de campanha na frente de uma pequena multidão em uma rua.

    No momento do tiroteio, Abe estava falando em apoio aos candidatos do Partido Liberal Democrático (LDP) antes das eleições para a Câmara Alta do país.

    Apesar de renunciar ao cargo de primeiro-ministro do Japão em 2020 por motivos de saúde, o ex-premiê permaneceu uma figura influente no cenário político do país e continuou a fazer campanha pelo LDP.

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