Chefe de aérea de Belarus critica restrições ao espaço aéreo de membros da UE
A UE propôs fechar seu espaço aéreo para a estatal Belavia e impedi-la de pousar em aeroportos do bloco
O chefe da companhia aérea nacional belarus Belavia condenou neste sábado (29) como “desprezível” a decisão de vários países da UE de impor restrições de espaço aéreo à transportadora, após o pouso forçado de um jato de passageiros em Minsk.
A maioria dos países vizinhos de Belarus, e muitos outros países europeus, proibiram os voos da Belavia em meio à indignação com o pouso forçado de um jato da Ryanair em rota da Grécia para a Lituânia — e a prisão de um jornalista dissidente a bordo.
A UE propôs fechar seu espaço aéreo para a estatal Belavia e impedi-la de pousar em aeroportos da União.
Em uma postagem em sua página do Facebook neste sábado (29), o diretor da Belavia, Igor Tcherginets, disse que tais medidas equivalem a sanções contra a transportadora que, segundo ele, é inocente.
“É evidente que esses governos planejaram não apenas fechar seus países para pousos de nossos aviões, mas também, com uma perversidade especialmente fascista, estão fechando os corredores aéreos um a um. Estão zombando de nós”, escreveu Tcherginets.
Ele criticou os governos europeus por imporem restrições antes que a Organização de Aviação Civil Internacional investigasse o incidente.
“Tudo isso está acontecendo antes de uma investigação do incidente, para o qual pode haver alguns culpados, mas Belavia definitivamente não está entre eles”, acrescentou. “Eles punem a inocente Belavia, sem nem mesmo começar uma investigação. É desprezível.”
A Belarus disse que estava respondendo a uma ameaça de bomba quando ordenou um caça MiG-29 para escoltar o jato da Ryanair. Depois, as autoridades em Minsk prenderam Roman Protasevich – um blogueiro e crítico do presidente Alexander Lukashenko – e sua namorada. Os líderes europeus acusaram a Belarus de pirataria patrocinada pelo estado.