Chefe da diplomacia dos EUA diz que Ucrânia está no caminho de adesão à Otan
Prévia do documento aponta para compromisso de integração total de Kiev ao bloco
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, indicou que a Ucrânia estava “irreversivelmente” no caminho da adesão à Otan desde que continue as reformas, nesta quarta-feira (10). Blinken sugeriu que tinha apenas um caminho curto para o país aderir à aliança.
“Na minha opinião, pelo menos, o sucesso é uma Ucrânia forte e independente, cada vez mais integrada nas nossas instituições atlânticas como a União Europeia, como a Otan, e que seja capaz de se manter de pé, militarmente, economicamente, democraticamente”, disse a autoridade em uma conversa na cúpula da Otan em Washington, DC.
Na frente democrática, Blinken disse que “o fato da Otan também exigir, à medida que a Ucrânia avança irreversivelmente no caminho da adesão, que continue as reformas – essa é a garantia mais forte de que as reformas que o povo ucraniano apoia tão fortemente continuarão e se aprofundarão”.
O principal diplomata dos Estados Unidos reconheceu diferenças entre os 32 aliados da Otan sobre a linguagem do comunicado conjunto, mas sugeriu que isso era de esperar.
“Esta é uma aliança democrática e (uma) aliança de países democráticos. Diferentes países têm opiniões ligeiramente diferentes sobre algumas destas questões. E parte da nossa responsabilidade é prosseguir com o consenso”, disse.
“A maior força que temos, a moeda mais valiosa que temos como aliança é a nossa unidade. Mas essa unidade não acontece simplesmente. É o produto da conversa. É o produto da escuta. É o produto da construção desse consenso. E isso se reflete nesses documentos”, acrescentou.
Além disso, Blinken disse que embora “seja importante olhar para as palavras, é ainda mais importante olhar para a ação”.
O americano informou a CNN na segunda-feira (8) que o caminho da Ucrânia para a Otan foi descrito como “irreversível” em um rascunho do comunicado conjunto dos líderes da aliança. No entanto, um importante diplomata europeu argumentou na terça-feira (9) que “esta irreversibilidade é muito reversível”.