Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Chefe da diplomacia da UE quer avaliação de sanções contra ministros de Israel

    Josep Borrell pediu para os integrantes do bloco considerarem a imposição de sanções contra dois ministros israelenses por “mensagens de ódio” contra palestinos

    Reuters

    O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou nesta quinta-feira (29) que pediu para os integrantes do bloco considerarem a imposição de sanções contra dois ministros israelenses por “mensagens de ódio” contra palestinos, que segundo ele feriram a lei internacional.

    Ele não nomeou nenhum dos políticos, mas nas últimas semanas criticou publicamente o titular da Segurança, Itamar Ben-Gvir, e o das Finanças, Bezalel Smotrich, por declarações que descreveu como “sinistras” e “incitação a crimes de guerra”.

    Borrell afirmou que os ministros das Relações Exteriores da UE discutiram a proposta em um encontro em Bruxelas nesta quinta-feira. Ele contou que não houve unanimidade, que seria necessária para a imposição de sanções, mas que as conversas sobre o assunto continuarão.

    “Os ministros decidirão. É atribuição deles, como sempre. Mas o processo foi iniciado”, afirmou.

    Ele disse ter proposto que os ministros israelenses sofram sanções por violações dos direitos humanos. Sanções da União Europeia geralmente são a proibição de viagens para o bloco e o congelamento de ativos na União Europeia.

    O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, acusou Borrell de atingi-lo com acusações falsas de que teria pedido que palestinos fossem expulsos da Cisjordânia. “Oponho-me à retirada de qualquer população de suas casas”, disse.

    Diplomatas afirmam que é improvável que a UE obtenha a unanimidade necessária entre seus 27 membros para impor as sanções. Mas a decisão de Borrell de ventilar tal proposta indica o nível de descontentamento entre autoridades europeias com as palavras e as ações de ministros da extrema-direita israelense.

    Até ministros de países que são aliados firmes de Israel, como Alemanha e República Tcheca, não descartaram imediatamente sanções quando perguntados por repórteres nos bastidores das reuniões desta quinta-feira.

    A Irlanda, um dos membros da UE mais pró-Palestina, disse apoiar a proposta: “Apoiaremos a recomendação de Josep Borrell para sanções a respeito de organizações de colonos na Cisjordânia, que estão facilitando a expansão de assentamentos, e também contra os ministros israelenses”, afirmou o chanceler irlandês, Micheal Martin.

    Seu colega Italiano, Antonio Tajani, descartou a ideia: “Temos que resolver os problemas, convencer os israelenses a tomarem decisões que levarão a um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Essa é a prioridade real”, disse.

    Tópicos