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    Cérebro tenta seguir como se nada estivesse acontecendo, diz brasileiro em Kiev

    À CNN Rádio, Gabriel Costa relatou ter se acostumado à rotina de sirenes e ameaça de bombardeios na Ucrânia

    Ricardo GouveiaBel Camposda CNN , Em São Paulo

    O brasileiro Gabriel Costa retomou a vida que tinha na Ucrânia dois meses depois de deixar o país. Ele trabalha como diretor de marketing na capital, Kiev, para onde voltou no dia 17 de abril, depois de ter passado as últimas semanas em casas de amigos na Alemanha e Croácia.

    Ele disse que, ao cruzar a fronteira de volta, ficou com uma sensação de medo por estar retornando para um país em guerra. A insegurança não passou, mas o brasileiro acredita que a mente se adapta até mesmo a situações extremas.

    “Na primeira sirene você sai de casa, vai se proteger, faz todo o procedimento. Aí depois toca a segunda, a décima e aí a sirene faz parte da sua vida. Ela toca e a vida segue”, relatou à CNN Rádio. “E o cérebro de todo mundo vai tentando burlar e continuar a vida como se nada estivesse acontecendo.”

    Gabriel Costa contou que na capital, Kiev, as pessoas continuam encontrando os produtos essenciais nas prateleiras dos mercados, mas em diversidade menor de marcas. Ele disse que o item em desabastecimento na cidade é a gasolina.

    Mas o brasileiro nota que a guerra tem aumentado o sentimento nacionalista e a vontade de derrotar as tropas do presidente russo, Vladimir Putin. “Os ucranianos estão muito confiantes na vitória da Ucrânia. Isso você sente em qualquer lugar, numa roda na esquina, num supermercado. Aonde você for, só existe uma frase: ‘a Ucrânia vai ganhar’”, relata.

    Costa disse ainda que a data de 9 de maio é vista como um ponto de mudança, porque a data é lembrada também pelos ucranianos como o dia da vitória sobre os nazistas.

    “Se você escutar a rádio e a televisão aqui no país, eles explicam que de hoje em diante começa a chegar todo o material bélico pesado dos Estados Unidos e dos outros aliados. Existe uma expectativa dentro do país de que a Ucrânia consiga fazer uma contraofensiva muito grande agora”, disse o brasileiro.

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