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    Catar costura acordo entre Israel e Hamas para libertar 50 reféns e trégua de 3 dias

    Acordo em discussão, que foi coordenado com os EUA, também prevê que Israel liberte algumas mulheres e crianças palestinas das prisões israelenses

    Andrew MillsAhmed Mohamed Hassanda Reuters , em Doha e Cairo

    Mediadores do Catar tentam, nesta quarta-feira (15), negociar um acordo entre o Hamas e Israel que inclui a libertação de cerca de 50 reféns civis de Gaza em troca de um cessar-fogo de três dias, disse à Reuters uma autoridade informada sobre as negociações.

    O acordo em discussão, que foi coordenado com os EUA, também prevê que Israel liberte algumas mulheres e crianças palestinas das prisões israelenses e aumente a quantidade de ajuda humanitária permitida em Gaza, disse a autoridade.

    Isso marcaria a maior libertação de reféns mantidos pelo Hamas desde que o grupo invadiu a fronteira de Gaza, atacou partes de Israel e levou reféns para o enclave.

    Veja também: CNN acompanha tropas de Israel em área de guerra

    O Hamas concordou com as linhas gerais desse acordo, mas Israel não concordou e ainda está negociando os detalhes, disse a autoridade.

    Não se sabe quantas mulheres e crianças palestinas Israel libertaria de suas prisões como parte do acordo em discussão.

    O escopo das negociações lideradas pelo Catar mudou significativamente nas últimas semanas.

    O fato de que as conversas agora estão focadas na libertação de 50 prisioneiros civis em troca de uma trégua de três dias e que o Hamas concordou com as linhas gerais do acordo não havia sido relatado anteriormente.

    O rico estado do Golfo do Catar, que tem metas ambiciosas de política externa, tem uma linha direta de comunicação com o Hamas e Israel. Anteriormente, ele ajudou a mediar tréguas entre os dois.

    Esse acordo exigiria que o Hamas entregasse uma lista completa dos reféns civis vivos que ainda estão em Gaza.

    Uma libertação mais abrangente de todos os reféns não está sendo discutida no momento, disse a autoridade.

    Não houve resposta imediata das autoridades israelenses, que anteriormente se recusaram a fornecer comentários detalhados sobre as negociações de reféns, citando a relutância em prejudicar a diplomacia ou alimentar relatos que consideraram “guerra psicológica” dos militantes palestinos.

    O Ministério das Relações Exteriores do Catar e o escritório político do Hamas em Doha não quiseram comentar.

    O Catar, onde o Hamas mantém um escritório político, tem liderado a mediação entre o grupo militante e as autoridades israelenses para a libertação de mais de 240 reféns.

    Veja também: Imagens mostram destruição em maior hospital de Gaza

    Eles foram levados por militantes do Hamas quando invadiram Israel em 7 de outubro. Segundo Israel, 1.200 pessoas foram mortas durante o tumulto.

    Em seguida, Israel lançou um bombardeio implacável contra a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, e, no final do mês passado, iniciou uma invasão blindada do enclave, onde mais de 11 mil pessoas foram mortas, cerca de 40% delas crianças, e mais pessoas foram enterradas sob os escombros, de acordo com autoridades palestinas.

    O ministro israelense Benny Gantz, que faz parte do gabinete de guerra do governo, disse em uma coletiva de imprensa na quarta-feira: “Mesmo se formos obrigados a interromper a luta para devolver nossos reféns, não haverá interrupção do combate e da guerra até atingirmos nossos objetivos”.

    Solicitado a explicar o que está impedindo o acordo com os reféns, Gantz se recusou a dar detalhes.

    Anteriormente, as conversações haviam se concentrado na libertação de até 15 reféns pelo Hamas e em uma pausa de até três dias nos combates em Gaza, segundo fontes do Golfo e de outras partes do Oriente Médio.

    Não houve comentários imediatos do Ministério das Relações Exteriores do Catar e do escritório político do Hamas em Doha.

    Duas fontes de segurança egípcias disseram que, até o momento, só houve acordo sobre tréguas limitadas em áreas específicas de Gaza. Eles disseram que Israel demonstrou relutância em se comprometer com qualquer acordo mais amplo, mas parece ter se aproximado de fazê-lo na terça-feira.

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