Casa Branca: Zona de exclusão aérea poderia implicar em abate de aeronaves russas
Em discurso dirigido ao Congresso dos Estados Unidos, presidente ucraniano voltou a pedir que medida fosse estabelecida
Após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltar a pedir por uma zona de exclusão aérea contra a Rússia, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que a medida não deve ser implementada por Joe Biden.
“Uma zona de exclusão aérea, para ser implementada, pediria que americanos potencialmente abatessem aeronave russas, ou que a Otan abatesse aeronaves russas. E nós não queremos dar início à 3ª Guerra Mundial”, justificou.
A porta-voz chegou a afirmar que, diante da situação dos confrontos no território ucraniano, é compreensível Zelensky pedir “tudo que fosse possível”, no entanto “o presidente Biden vai tomar decisões de acordo com a nossa segurança nacional”, declarou.
O presidente ucraniano refez o pedido em um discurso ao Congresso dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (16). “A Rússia tem atacado nossos céus, trazido a morte para milhares de pessoas. É muito pedir por uma zona de exclusão aérea? Assim, a Rússia não aterrorizaria nossos cidadãos”, disse Zelensky.
Mas o que é uma zona de exclusão aérea?
A determinação de uma zona de exclusão aérea estabelece uma área em que certas aeronaves são proibidas de voar. No caso da Guerra na Ucrânia, a medida provavelmente significaria um espaço no qual aviões russos não poderiam transitar, impedindo ataques aéreos.
O problema é que se os EUA ou a Otan impusessem uma zona de exclusão, qualquer aeronave russa que desobedecesse a determinação teria de ser combatida. Nesse caso, o confronto poderia se tornar direto com a Rússia.
É nesse sentido que Psaki afirmou que os Estados Unidos não querem “dar início à 3ª Guerra Mundial”. Um embate direto entre Rússia e EUA, por exemplo, que são potências nucleares, poderia levar a uma guerra sem precedentes.
