Casa Branca condena Elon Musk por disseminar mentira antissemita
Empresário endossou uma publicação no antigo Twitter que as comunidades judaicas promovem "ódio contra brancos"
A Casa Branca acusou Elon Musk nesta sexta-feira (17) de repetir uma mentira antissemita “repugnante” em sua rede social X nesta semana, chamando-a de “promoção abominável do ódio antissemita e racista” que “contraria nossos valores fundamentais como norte-americanos”.
“É inaceitável repetir a mentira repugnante por trás do ato mais fatal de antissemitismo na história americana a qualquer momento, ainda mais um mês após o dia mais letal para o povo judeu desde o Holocausto”, disse Andrew Bates, porta-voz da Casa Branca, em resposta à publicação de Musk na quarta-feira, referindo-se ao ataque de 7 de outubro do Hamas a Israel.
Representantes de Musk ou do X, antigo Twitter, não puderam ser contatados imediatamente para comentar a declaração da Casa Branca.
Antes, o X havia se recusado a comentar a publicação de Musk endossando postagem que afirmava falsamente que membros da comunidade judaica estavam incitando o ódio contra pessoas brancas.
A presidente-executiva do X, Linda Yaccarino, escreveu na quinta-feira (16): “Quando se trata desta plataforma — o X também tem sido extremamente claro sobre nossos esforços para combater o antissemitismo e a discriminação. Não há lugar para isso em qualquer lugar do mundo — é feio e errado. Ponto final.”
Repercussão
Na sexta, a Walt Disney Co, a Warner Bros Discovery, a Apple e a Lionsgate anunciaram a suspensão dos anúncios no X. No dia anterior, a IBM seguiu pelo mesmo caminho e cancelou toda a publicidade na plataforma depois que um relatório constatou que seus anúncios foram colocados ao lado de conteúdo que promovia Adolf Hitler e o Partido Nazista.
Anunciantes têm fugido da plataforma desde que Musk a comprou, em outubro de 2022, e reduziu a moderação de conteúdo, resultando em um aumento significativo do discurso de ódio no X, disseram grupos de direitos civis.