Casa Branca cobra da China condenação à invasão da Ucrânia pela Rússia
"É hora de falar e condenar as ações do presidente Putin e da Rússia invadindo um país soberano", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki
A Casa Branca cobrou, neste domingo (27), que a China condene a invasão da Ucrânia pela Rússia, enquanto o ataque de Moscou contra seu vizinho continua e o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a colocação das forças nucleares em alerta máximo.
“Não é hora de ficar de lado. É hora de falar e condenar as ações do presidente Putin e da Rússia invadindo um país soberano”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, em entrevista à MSNBC.
China no Conselho de Segurança
Segundo o analista de internacional da CNN, Lourival Sant’Anna, a Reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira (25) aprofundou o isolamento da Rússia. O país foi o único a votar contra uma resolução que condena a invasão à Ucrânia e pede a retirada imediata das tropas.
A China demonstrou ter uma parceria de conveniência com os russos e não uma aliança ao apenas se abster. Assim, mostrou que nem no Conselho de Segurança está disposta a embarcar na aventura russa.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse na sexta a altos funcionários europeus que a China respeita a integridade territorial e a soberania dos países, incluindo a da Ucrânia, mas que as preocupações da Rússia sobre a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para o leste devem ser devidamente abordadas.
Relação dos chineses com os EUA
Ainda na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China reagiu contra o comentário do presidente dos EUA, Joe Biden, de que qualquer país que apoiasse a invasão da Rússia seria “manchado por associação”. Ao responder crítica da Austrália sobre manter relações comerciais com a Rússia, o país afirmou que se baseia em “mútuo respeito”.
O porta-voz do ministério, Wang Wenbin, fez as declarações em uma coletiva de imprensa diária. Segundo representante do órgão, a China conduz um “comércio normal e cooperação com a Rússia”.
“A China se opõe a todas as sanções ilegais e unilaterais e espera que as partes relevantes lidem com questões relacionadas à China de maneira que não prejudique a China”, disse o ministro.
(*Com informações da Reuters e de Lourival Sant’Anna, da CNN)