Candidatos “surpresa” criam caos em disputa para suceder Duterte nas Filipinas
Duterte é proibido pela Constituição de buscar um segundo mandato de seis anos
Por Karen Lema
MANILA (Reuters) – A corrida presidencial das Filipinas ficou mais lotada com a entrada de última hora de um assessor de longa data de Rodrigo Duterte, em outra reviravolta em uma eleição que deve ser dominada por poderosas dinastias mais do que por reformas.
Fiel a Duterte, o senador Christopher “Bong” Go, registrou-se para se concorrer à Presidência após ter retirado sua inscrição para disputar o segundo cargo mais importante. Será adversário de vários rivais, incluindo o filho do antigo líder das Filipinas Ferdinand Marcos.
Go admitiu que não queria concorrer contra a filha de Duterte, Sara Duterte-Carpio, que tomou a surpreendente decisão mais cedo neste sábado (13) de se inscrever para concorrer à vice-presidência, encerrando uma especulação de meses sobre seus planos para a eleição de 2022.
Mas a dois dias do prazo para mudar candidatura para o pleito de maio de 2022, analistas políticos suspeitam que pode haver mais surpresas e mesmo mudanças em alianças no que está se transformando em uma eleição imprevisível.
O secretário de Comunicação de Duterte, Martin Andanar, confirmou reportagens da imprensa de que o líder de 76 anos, que prometeu se aposentar da política no mês passado, entraria na briga pela vice-presidência na segunda-feira e concorreria contra sua filha.
“Este é o plano dele. Não sabemos se mudará”, disse Andanar à Reuters.
Duterte é proibido pela Constituição de buscar um segundo mandato de seis anos, mas nada o impede de disputar outro cargo.
Nas Filipinas, o presidente e o vice-presidente, com funções no geral mais cerimoniais, são eleitos separadamente.