Candidato de extrema-direita cai 10 pontos percentuais em pesquisa e perde força nas primárias da Argentina
Javier Milei, do "La Libertad Avanza", perdeu quase 10 pontos percentuais nas pesquisas para as Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso)
![Javier Milei é alvo de acusações que podem derrubar sua pré-candidatura Javier Milei é alvo de acusações que podem derrubar sua pré-candidatura](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/06/Javier-Milei-e1691994041445.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
Mesmo lotando comícios, como o último que aconteceu na segunda-feira (7), a pré-candidatura de um economista de extrema-direita na Argentina parece perder força, ao menos nas pesquisas de opinião.
Em pouco mais de três meses, Javier Milei, do “La Libertad Avanza” (A Liberdade Avança, em tradução livre), perdeu quase 10 pontos percentuais de potenciais eleitores que vão às urnas neste domingo (13) para as Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso), uma prévia para a escolha do novo presidente da República, que vai acontecer em outubro.
Quando a corrida eleitoral começou, em maio, o Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag) fez uma pesquisa de intenção de votos, que mostrava Milei com quase 30% da preferência dos eleitores, em primeiro lugar.
VÍDEO: Argentina terá eleições primárias no domingo (13)
Mas, na época, ainda não havia definição sobre quais pré-candidatos iriam concorrer, nem as eventuais coligações. Apenas o economista havia se colocado na disputa, ainda em 2020, quando aconteceu um lockdown na Argentina por causa da Covid-19.
Aos poucos, com os nomes surgindo, o candidato do partido La Libertad Avanza foi perdendo espaço, como apontam as pesquisas. A última delas, realizada pela CB Consultora Opinión Pública, aponta Milei com 20,3%, em terceiro lugar.
A coalizão de Patricia Bullrich e Horacio Larreta, de centro-direita, lidera com 32% das intenções de voto, seguida pela união de Sergio Massa e Juan Grabois, ligada à atual esquerda que comanda o país, com 31%.
FOTOS – Cédulas de votação dos pré-candidatos à presidência da Argentina
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Cédula do pré-candidato governista e ministro da Economia, Sergio Massa
Crédito: Câmara Nacional Eleitoral da Argentina - 2 de 27
Cédula de Juan Grabois, outro pré-candidato governista
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Cédula de Horacio Larreta, um dos pré-candidatos pela principal coalizão oposicionista do país
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Cédula de votação de Patricia Bullrich, pré-candidata da principal coalizão de oposição da Argentina atualmente
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Cédula de votação de Javier Milei, de extrema-direita e único pré-candidato à Presidência pelo "La Libertad Avanza"
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Cédula de votação de Manuela Castañeira, do "Movimiento Al Socialismo"
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Cédula de votação de Andres Gabriel Passamonti, do partido autodenominado liberal-conservador "Unión del Centro Democrático"
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Cédula de votação do pré-candidato do "Movimiento Libres del Sur", partido de esquerda que se identifica com o "nacionalismo popular"
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Cédula de votação do pré-candidato Raúl Humberto, do "Movimiento de Acción Vecinal"
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Cédula de votação de um dos pré-candidatos do "Movimiento Izquierda Juventud Dignidad"
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Cédula de votação de um dos pré-candidatos do "Movimiento Izquierda Juventud Dignidad"
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Cédula de votação do pré-candidato do "Politica Obrera"
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Cédula de votação do pré-candidato da "Frente Patriota Federal"
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Cédula de votação do pré-candidato do "Hacemos por Nuestro Pais"
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Cédula de votação de uma das pré-candidaturas à Presidência do "Frente de Izquierda y de Trabajadores"
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Cédula de votação de uma das pré-candidaturas à Presidência do "Frente de Izquierda y de Trabajadores"
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Cédula de votação de uma das pré-candidaturas à Presidência do "Principios y Valores"
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Cédula de votação de uma das pré-candidaturas à Presidência do "Principios y Valores"
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Cédula de votação de uma das pré-candidaturas à Presidência do "Principios y Valores"
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Cédula de votação de uma das pré-candidaturas à Presidência do "Principios y Valores"
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Cédula de votação de uma das pré-candidaturas à Presidência do "Principios y Valores"
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Cédula de votação de Mempo Giardinelli, pré-candidato do partido "Proyecto Joven"
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Cédula de votação de Ayerbe Ortiz, pré-candidato do partido "Proyecto Joven"
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Cédula de votação de pré-candidata do partido "Proyecto Joven"
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Cédula de votação de Julio Donato Barbaro, do "Frente Liber.AR"
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Cédula de votação de Ramiro Eduardo Vasena, do "Frente Liber.AR"
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Cédula de votação de Nazareno Etchepare, do "Frente Liber.AR"
Crédito: Câmara Nacional Eleitoral da Argentina
A avaliação feita pela imprensa argentina é que uma suposta venda de cargos feita por Milei, que teria cobrado até US$ 60 mil para as candidaturas legislativas que também acontecem este ano, teria reduzido as chances de uma votação expressiva. Ele nega e diz haver uma “campanha difamatória”.
Ainda há uma chance, na avaliação de analistas, de Milei tirar votos das duas coalizões na hora da ida às urnas, sem contar aqueles que podem simplesmente não aparecer. Nas províncias, onde algumas escolhas locais já puderam ser feitas, quase cinco milhões e meio de pessoas optaram por não votar, segundo as autoridades argentinas.
A trajetória
Milei é deputado federal desde 2021, tem 52 anos. Começou a crescer com um discurso próximo ao do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL). Na pauta de valores, se apresenta como conservador, querendo o fim do aborto legal e da educação sexual nas escolas.
Ele defende a dolarização como solução para a alta inflação no país, que está na casa de 115% ao ano, e o fim do Banco Central.
Entenda as eleições primárias
Antes das eleições gerais, na Argentina, acontecem as eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, conhecidas como Paso. Elas serão realizadas neste domingo (13).
O voto nessas eleições também é obrigatório. Se o eleitor não votar nas primárias, também entrará no cadastro de infratores e terá que pagar multa, a menos que justifique por motivos médicos ou distância.
As Paso definirão todos os candidatos à Presidência. As eleições presidenciais estão marcadas para 22 de outubro. Um eventual segundo turno está programado para 19 de novembro.