Canadá pede extradição de padre acusado de abuso sexual
Johannes Rivoire, 93, é acusado de agressão sexual relacionada ao seu trabalho nas paróquias da congregação católica Missionários Oblatos de Maria Imaculada
A França recebeu um pedido do Canadá para extraditar o padre católico aposentado Johannes Rivoire para que ele possa enfrentar uma acusação de abuso sexual de quando trabalhava no norte do Canadá, disse uma fonte diplomática francesa.
O povo indígena do norte do Canadá, os Inuit, planeja pressionar o Papa Francisco enquanto ele estiver em uma visita na sexta-feira para ajudar a devolver Rivoire ao Canadá.
“Um pedido de extradição do Sr. Johannes Rivoire foi transmitido à França pelas autoridades judiciais do Canadá”, disse a fonte diplomática à Reuters. “Este pedido está sendo processado pelo Ministério da Justiça, que pediu às autoridades canadenses informações adicionais”.
Não ficou claro quais informações a França está buscando ou quando o Canadá fez o pedido.
O departamento de justiça do Canadá não pôde ser contatado imediatamente para comentar. Anteriormente, a empresa se recusou a comentar se pediu à França para extraditar Rivoire, dizendo que tais pedidos são confidenciais.
O tratado de extradição entre o Canadá e a França afirma que nenhum país é obrigado a extraditar seus próprios cidadãos.
Rivoire, de 93 anos, é acusado de agressão sexual relacionada ao seu trabalho nas paróquias do norte para a congregação católica Missionários Oblatos de Maria Imaculada. A acusação contra Rivoire, que mora em Lyon, na França, foi feita pela polícia canadense em fevereiro.
Uma mulher alegou que Rivoire a agrediu sexualmente entre 1974 e 1979, quando ela era jovem. Nem a acusação nem quaisquer alegações contra Rivoire foram provadas em tribunal.
Os inuits há muito alegam que Rivoire abusou sexualmente de crianças durante seu trabalho no norte do Canadá, entre os anos 1960 e 1993. Rivoire não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.
Durante sua visita ao Canadá, o Papa Francisco pretende se desculpar pelos abusos de crianças indígenas em escolas governamentais em grande parte administradas pela Igreja Católica.
