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    Campanha de Trump processa NYT por artigo sobre relação com a Rússia

    Ação acusa jornal de publicar informações "falsas e difamatórias" sobre caso investigado pela Justiça americana

    A equipe responsável pela campanha de reeleição do presidente americano, Donald Trump, anunciou, nesta quarta-feira (26), a abertura de um processo por calúnia contra o jornal The New York Times. A ação, registrada na corte de Manhattan, no Estado de Nova York, acusa o veículo de “intencionalmente publicar informações falsas e difamatórias” contra Trump no artigo opinativo “The Real Trump-Rusia Quid Pro Quo” (“O Real Quid Pro Quo de Trump com a Rússia”, em tradução livre), assinado por Max Frankel e publicado em março de 2019.


    No texto, Frankel afirma que havia um “quid pro quo” (expressão latina utilizada com o sentido de “troca de favores” nos Estados Unidos) entre o republicano e o presidente russo, Vladimir Putin, para prejudicar a democrata Hillary Clinton na campanha presidencial de 2016. Em retribuição à suposta cooperação contra sua opositora, Trump teria prometido uma “nova política externa pró-Rússia”.


    O processo acusa o The New York Times de “gerar animosidade” contra Trump sem evidências. Em resposta, uma porta-voz do jornal, Eileen Murphy, declarou que “felizmente a lei protege o direito dos americanos de expressar seus julgamentos e conclusões, especialmente sobre eventos de importância pública” e lamentou que “a campanha de Trump tenha recorrido aos tribunais para tentar punir um artigo de opinião”.


    “Estamos ansiosos para reivindicar nossos direitos nesse caso”, acrescenta Murphy, em comunicado. De acordo com o jornal, essa é a primeira vez que Trump processa um veículo da imprensa americana, embora já tenha ameaçado tomar essa atitude em outras situações.


    O caso levantado no artigo de Frankel é investigado pela Justiça americana, com base em relatório do ex-conselheiro especial Robert Mueller. Segundo o documento,
    Moscou colaborou com a campanha republicana de Donald Trump naquele ano, com disponibilização de hackers e impulsionamento de postagens nas redes sociais contra Hillary Clinton.

     

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