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    Campanha de Biden contrata republicano para atrair eleitores “jamais Trump”

    Austin Weatherford tentará influenciar eleitores independentes e republicanos moderados que entendem que Donald Trump representa perigo para o país

    Doina ChiacuNandita Boseda Reuters

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenta apoio à sua luta por reeleição entre os republicanos que não apoiam Donald Trump, disse um funcionário da campanha do democrata nesta quinta-feira (6).

    Assim, a campanha de Biden contratou um “diretor de engajamento nacional republicano”: Austin Weatherford. Ele foi chefe de gabinete do ex-congressista republicano Adam Kinzinger, um crítico ferrenho de Trump.

    Weatherford foi contratado “para liderar os esforços de divulgação aos [eleitores] independentes e republicanos moderados que veem o perigo que Donald Trump representa para o país se for reeleito para um segundo mandato”, segundo a autoridade.

    Biden e Trump estão em uma disputa mais acirrada pela Casa Branca do que em 2020, segundo pesquisa Reuters/Ipsos. O apoio a Biden entre os eleitores sem “diploma de quatro anos” caiu 10 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2020, concluiu a análise.

    A maioria das pesquisas de opinião nacionais mostram um empate entre os dois candidatos.

    Trump tem sido frequentemente rejeitado por membros do partido republicano que não se alinham a como “RINOs”, sigla em inglês para “Republicanos Apenas no Nome”, em tradução livre, e para membros do partido que ele considera desleais.

    A campanha de Trump não retornou um pedido de comentário sobre o assunto.

    Tentativa de atrair apoiadores de Nikki Haley

    As campanhas de Biden e Trump lutaram para atrair apoiadores de Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, que desistiu da disputa interna do partido Republicano nas primárias em março.

    Haley não apoiou Trump na época, mas depois disse que votaria nele.

    A campanha de Biden realizou reuniões com eleitores de Haley e está fazendo uma “compra de anúncios de sete dígitos” visando esses eleitores. Há poucos precedentes para um grande número de republicanos apoiar um democrata numa eleição presidencial.

    Trump, entretanto, está juntando fundos em São Francisco, na esperança de atrair dinheiro de capital de risco daqueles que foram afastados pelas políticas liberais de Biden.

    O partido Republicano se uniu em torno de Trump, mesmo depois de suas repetidas mentiras sobre ter vencido as eleições de 2020 contra Biden e do motim de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos EUA, liderado pelos seguidores do empresário.

    Kinzinger e Liz Cheney, deputada dos EUA, foram os únicos dois republicanos que se juntaram ao comitê seleto da Câmara dos Representantes que investigou o ataque de 6 de janeiro. Ambos foram posteriormente censurados pelo partido.

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