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    Britânico acusado de espionagem para Hong Kong é encontrado morto em parque

    Polícia do Reino Unido investiga "morte inexplicável" de homem suspeito de espionar para o serviço de inteligência estrangeiro

    Sharon Braithwaiteda CNN

    Um homem acusado pela polícia britânica de ajudar o serviço de inteligência estrangeiro de Hong Kong foi encontrado morto em um parque nos arredores de Londres.

    A Polícia do Vale do Tâmisa disse em um comunicado que está investigando a “morte inexplicável” de Matthew Trickett, de 37 anos, cujo corpo foi encontrado no domingo (19) em um parque em Maidenhead, Berkshire, oeste de Londres.

    O homem apareceu ao lado de outros dois suspeitos no Tribunal de Magistrados de Westminster no dia 13 de maio, acusados ​​de crimes de segurança nacional. Todos os três receberam fiança.

    “Matthew Trickett estava em liberdade sob fiança enquanto aguardava o processo judicial, o que exigia que ele se apresentasse regularmente em uma delegacia”, informou a polícia.

    “Estamos de luto pela perda de um filho, irmão e pai de família muito amado”, disse a família de Trickett ao The Times.

    Tanto a embaixada chinesa no Reino Unido como o presidente-executivo de Hong Kong, John Lee, condenaram e rejeitaram as acusações.

    As relações entre Hong Kong e o seu antigo governante colonial se agravaram nos últimos anos, após protestos em massa na cidade chinesa em 2019 e 2020.

    O governo britânico criticou a repressão de Pequim contra quase toda a oposição em Hong Kong nos anos que se seguiram aos protestos, enquanto as autoridades de Hong Kong reagiram com raiva ao verem a Grã-Bretanha proporcionando um refúgio seguro para líderes do movimento, procurados pela polícia chinesa.

    As acusações contra os três homens alegam que entre 20 de dezembro de 2023 e 2 de maio de 2024, eles concordaram em realizar coleta de informações, vigilância e atos de engano que provavelmente ajudariam um serviço de inteligência estrangeiro, de acordo com a PA media.

    A polícia também alegou que, em 1º de maio, os três forçaram a entrada em um endereço residencial no Reino Unido, segundo a PA.

    Embora os três tenham recebido fiança, foram proibidos de viajar para fora do país e a Juíza Distrital Louisa Cieciora declarou que deviam observar um recolher obrigatório noturno e apresentar-se semanalmente na delegacia da polícia local no Reino Unido.

    Lee, antigo chefe de segurança da cidade, disse que o Gabinete Económico e Comercial de Hong Kong existe para facilitar as interações culturais e econômicas com pessoas e empresas no Reino Unido e que “qualquer tentativa de fazer acusações injustificadas contra o governo de Hong Kong é inaceitável”.

    (Com informações adicionais de Lucas Lilieholm, Chris Lau e Jerome Taylor em Hong Kong)

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