Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Brasileiro conta à CNN como resgatou familiares da Ucrânia

    Cunhada e três sobrinhos fugiram no primeiro trem para refugiados; pai das crianças permanece no país

    Isabella Galvãoda CNN*Renata Souzada CNN

    em São Paulo

    Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, pelo menos 3 milhões de pessoas deixaram o país, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Dentre a multidão de refugiados, quatro deles são familiares do engenheiro elétrico brasileiro Daniel Duarte, que falou à CNN sobre o resgate.

    Casado desde 2014 com uma ucraniana, Daniel mora na Bélgica. No dia em que começou a guerra – quinta-feira, 24 de fevereiro – o brasileiro estava em uma viagem de trabalho na Itália.

    “Foi muito difícil trabalhar com tanta mensagem chegando e com a preocupação com a família, tentando colocar todos em segurança”, relembra.

    Na quinta-feira, os familiares entraram em contato com Daniel, mas relataram que o cenário ainda estava tranquilo. Tudo mudou no dia seguinte. “No final do dia eles nos ligaram, visivelmente afetados, dizendo que a situação piorou e que a minha cunhada Ana e os três filhos iam pegar o primeiro trem que fosse possível indo em direção à Europa.”

    O combinado era que Daniel os encontraria na Polônia. Ainda na Ucrânia, a família conseguiu pegar o primeiro trem disponibilizado para pessoas que tentavam deixar o país.

    “Totalmente cheio de crianças e mulheres. Normalmente, um assento é uma cama retrátil e nesse assento, em cada um, tinha sete, oito pessoas. O trem totalmente cheio”, relata o engenheiro.

    O encontro ocorreu no sábado, quando o engenheiro conseguiu chegar à Polônia, em uma longa viagem de carro, levando mantimentos para a família.

    Foi uma grande alegria poder abraçá-los e encontrar a família. Simplesmente poder degustar um jantar em paz e felicidade.

    Após o reencontro, a cunhada e os filhos estão vivendo com Daniel na Bélgica e tentam manter contato com o pai das crianças, que precisou permanecer na Ucrânia.

    “O sentimento é angustiante, é algo que ninguém imaginou que ia acontecer. Esperamos o melhor resultado, com apoio, inclusive, dos brasileiros.”

     

    *Sob supervisão de Layane Serrano