Brasileiras reúnem declarações de amor a Nova York para ajudar no pós-pandemia
Elas colaram centenas de corações nas famosas placas do metrô da cidade
A pandemia do novo coronavírus apagou o brilho da metrópole que é mundialmente conhecida pela luz dos seus endereços mais famosos. Ruas vazias transformaram a paisagem do centro da cultura da costa leste dos Estados Unidos. E quem vive na “cidade que nunca dormme” teve que se acostumar com um clima bastante “sonolento”, por causa da longa quarentena.
As brasileiras Marcela Bonancio e Wendia Machado acharam que era hora de fazer alguma coisa para virar a página. A saída: declarar o amor que elas sentem por Manhattan. As duas colaram centenas de corações nas famosas placas do metrô da cidade. Os adesivos recriam, de uma maneira mais simpática os símbolos das linhas que conectam a ilha.
A iniciativa intrigou alguns nova-iorquinos. Quem foi buscar por pistas, encontrou a resposta nas redes sociais: o projeto Love Notes to New York, um compilado de fotos e textos que traduz o melhor da cidade na opinião de quem quiser colaborar.
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“Embora não seja uma escritora propriamente dita comecei a postar nas minhas redes sociais cartas de amor para a sociedade que eu amo tanto e que eu vivo aqui há dez anos”, diz Marcela.
“Nova York foi feita e construída através de pessoas extraordinárias, artistas, escritores, poetas, criativos, ativistas, estudantes, imigrantes pessoas de todos os credos e cores. Foi chamando essas pessoas com diversas opiniões diferentes que nós começamos a colecionar todas essas cartas de amor para Nova York”, completa.
“Minha relação com a cidade vem desde o começo da década de 1980, desde 1981 para ser mais preciso, quando eu vim pela primeira vez visitar parte da minha família que mora aqui. A gente tem que lembrar que na década de 1970 e começo da década de 1980 a cidade estava falida, com muita violência, e a moral muito baixa. Não era um lugar que as pessoas vinham passar férias ou visitar. Foi mais ou menos nessa época que o logo I love New York foi criado para tentar ajudar a resgatar a moral da cidade. E por volta de 1986 a cidade começou a dar a volta por cima e hoje é o que é essa maravilha de cidade. Então, eu pode ver ao longo dos anos essa transformação que aconteceu em Nova York”, diz o diretor de arte João Jackel um dos primeiros a escrever para o projeto.