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    Brasil pode deixar de ser o vilão das mudanças climáticas, diz ambientalista

    Para Fábio Feldmann, país mudou comportamento após notar isolamento na discussão diplomática

    Da CNN , São Paulo

    No segundo dia da COP26, o Brasil assinou o compromisso global de redução da emissão de gás metano em 30% até 2030. Para o ambientalista Fábio Feldmann, a adesão do país demonstra uma mudança de postura em relação aos últimos anos

    “Houve uma mudança de posicionamento do Brasil por razões óbvias: o país estava isolado na COP e na discussão climática, o que ficou claro na reunião do G20. E dois fatos indicam mudança: alteração no compromisso assinado em Paris e a adesão no plano de combater metano e na defesa das florestas”, disse em entrevista à CNN.

    “Nos últimos anos, a posição brasileira é constrangedora lá fora. O Brasil não deve voltar a ser protagonista mas pode deixar de ser o grande vilão da COP e das mudanças climáticas”, completou.

    Para o ambientalista, combater a emissão do gás é um grande desafio no país. “É mais difícil devido a principal fonte do gás no país: a agropecuária. Com o grande rebanho bovino, fica mais complicado”, declarou.

    Apesar dos recentes avanços, Feldmann avalia que o compromisso brasileiro contra o desmatamento ilegal ainda indica a falta de comprometimento.

    “O governo reconhece a ilegalidade, e ainda assim diz que só vai conseguir combater até 2030. Os únicos beneficiários dessa prática são os grileiros, o país não ganha nada”, disse o ambientalista.

    Por fim, ele reforçou a importância da COP para combater as mudanças climáticas globais. “Os líderes políticos tem consciência da urgência em agir e esse é o grande desafio. Se a ação não for tomada imediatamente, a possibilidade de reverter o aumento da temperatura se torna impossível do ponto de vista prático e cientifico”.

    (Publicado por Henrique Andrade)

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