Brasil envia novo avião com duas toneladas de alimentos para a Faixa de Gaza
Mantimentos foram doados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os itens, segundo o Itamaraty, são arroz, derivados de milho e leite em pó
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decola nesta segunda-feira (30), às 17h, para o Egito levando duas toneladas de alimentos para serem entregues à população na Faixa de Gaza, que vive uma grave crise humanitária diante da guerra entre Israel e Hamas.
Os mantimentos foram doados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os itens, segundo o Itamaraty, são arroz, derivados de milho e leite em pó.
Além de levar a ajuda, a aeronave VC-2 (Embraer 190), cedida pela Presidência da República, vai substituir outra que está no Cairo desde o dia 18 deste mês aguardando a liberação da passagem de Rafah, no Egito, para repatriar brasileiros e familiares palestinos.
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O grupo que espera ser retirado da Faixa de Gaza atualmente tem 34 pessoas.
O avião que já está no Egito pousou primeiro no aeroporto de Al-Arish, mais próximo da fronteira com Gaza, levando uma ajuda humanitária que consistia em 40 purificadores de água portáteis e dois kits de medicamentos e insumos enviados pelo governo brasileiro.
O embaixador Alessandro Candeas, representante do Brasil junto à Palestina, relatou nesta segunda-feira (30) a angústia de esperar a abertura da fronteira de Gaza e do Egito para retirar os brasileiros.
“A espera é demasiadamente longa e preocupante, estamos lutando para que os brasileiros não sejam afetados pela catástrofe humanitária que assola Gaza. Estamos alugando casas (os brasileiros não estão em abrigos), protegendo-os dos bombardeios por meio de informações de localização compartilhadas com Israel, e conseguindo enviar recursos para que comprem alimentos, água, gás e remédios no precário mercado local”, disse Candeas.
O embaixador citou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chanceler Mauro Vieira e o assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, vêm mantendo conversas para conseguir a repatriação dos brasileiros.
“Infelizmente, as perspectivas são de rápida degradação das condições de vida e segurança. Os brasileiros têm que ser autorizados a sair o mais rápido possível pelas partes envolvidas, para retornarem a salvo ao Brasil”, disse.