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    Brasil dirá a Venezuela e Guiana que rejeita uso da força em crise regional

    Delegação de diplomatas brasileiros participarão de reunião entre Nicolás Maduro e Irfaan Ali no Caribe

    Iuri Pittada CNN , São Paulo

    Integrantes do governo brasileiro que vão participar da reunião entre Venezuela e Guiana nesta quinta-feira (14) para discutir a situação de Essequibo vão afirmar que a América do Sul é uma região de “paz e cooperação” e que o Brasil rejeita uso de força ou ações unilaterais em conflitos.

    A delegação brasileira é chefiada pelo embaixador Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais. Os diplomatas já pousaram em São Vicente e Granadina, palco da reunião entre os presidentes Nicolás Maduro e Irfaan Ali.

    Entre as mensagens que o grupo brasileiro levará à mesa de negociações estão a de que a América do Sul tem como tradição o diálogo para resolução de divergências. O Brasil também defenderá a solução pacífica de controvérsias, agravada após um referendo, conduzido pelo governo de Maduro, que aprovou a anexação de Essequibo, reivindicada pelos venezuelanos desde o século 19, mas pertencente à Guiana desde a independência da ex-colônia britânica, no século 20.

    Relação Brasil-Venezuela

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a aliados ouvidos pela CNN que está cada vez mais decepcionado com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sinalizou que pode romper politicamente com o líder do país vizinho caso se confirme a invasão da região guianense de Essequibo.

    Lula, que chegou a receber Maduro em Brasília em maio deste ano, estaria “menos cético” que o Itamaraty sobre a possibilidade de uma guerra na região e lamentou que Maduro tenha “explodido” o esforço brasileiro para normalizar as eleições do ano que vem na Venezuela e assim tirar o país do isolamento, segundo fontes próximas ao presidente.

    Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Nicolás Maduro / Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Maduro e Lula chegaram a conversar por telefone na semana passada. Segundo apurado pela CNN, o presidente brasileiro disse ao venezuelano que suas atitudes na crise com a Guiana podem dar pretexto a potências estrangeiras como os Estados Unidos a enviarem tropas à região.

    Prefeitos de cidades de Roraima, situadas na fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana, acompanham a tensão entre os países vizinhos e relatam a apreensão com a possibilidade de um conflito na América do Sul.

    O movimento expressivo de blindados e militares é registrado no município de Pacaraima, cidade ao norte de Roraima, que fica na fronteira com a Venezuela. O Exército está posicionado em pontos estratégicos também em Uiramutã, outra cidade ao lado do país vizinho.

     

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