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    Brasil defende que resolução da ONU alcance palestinos e israelenses igualmente

    Em explicação sobre voto no Conselho de Segurança da ONU, embaixador fala em decisão tardia, mas com potencial de atenuar “abominável situação”

    Bandeiras da Palestina e de Israel
    Bandeiras da Palestina e de Israel Getty Images

    Basília Rodrigues

    O governo brasileiro avalia que a resolução do Conselho de Segurança da ONU para o conflito entre Israel e Hamas foi aprovada “tardiamente”, mas tem potencial para atenuar a “abominável situação” vivida tanto por israelenses quanto por palestinos.

    A posição do Itamaraty tem como base o discurso do embaixador brasileiro na ONU, Norberto Moretti, durante a reunião que aprovou a proposta apresentada por Malta, nesta quarta-feira (15).

    “Antes do texto adotado hoje, resoluções mais abrangentes e oportunas foram propostas, incluindo uma apresentada pelo Brasil. Vetos sucessivos, o espectro de vetos de bolso ou a falta de um processo real de negociação as impediram”, criticou afirmou Moretti.

    “Infelizmente, a resolução que acabamos de adotar fica aquém dessas medidas audaciosas, mas necessárias. Esperamos que, se verdadeiramente e urgentemente implementada, a decisão de hoje pelo menos mitigue a abominável situação que temos diante de nós”, complementou.

    O Brasil reafirma ainda sua posição pelo reconhecimento do estado da Palestina, o que é visto como única solução para pôr fim ao conflito.

    “Eles têm pagado o preço de décadas de negação sistemática dos legítimos direitos do povo palestino à autodeterminação. O estabelecimento de um Estado palestino viável, convivendo lado a lado com Israel, dentro de fronteiras seguras, mutuamente aceitas e internacionalmente reconhecidas, é a única solução possível. Uma paz duradoura deve ser o objetivo final de todos.”

    O texto também destaca alguns números da guerra, como a morte de mais de 11 mil palestinos e também a perda de mais de 100 trabalhadores da ONU, considerado o mais alto em qualquer conflito na história das Nações Unidas.

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