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    Brasil condena bombardeio a hospital em Gaza e diz repudiar os ataques a alvos civis “nos mais fortes termos”

    Em comunicado, governo brasileiro também pediu a criação de corredores humanitários para passagem de suprimentos a Gaza

    Eduardo Saraivacolaboração para a CNN

    O governo brasileiro condenou o bombardeio que atingiu o hospital Ahli-Arab, na Faixa de Gaza, conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira (18). O ataque, que ocorreu na noite de terça-feira (17), deixou centenas de mortos.

    “O Brasil repudia nos mais fortes termos ataques a alvos civis, sobretudo a estruturas de saúde, e exorta as partes no conflito a cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário”, disse o comunicado.

    O governo também prestou condolências aos familiares das vítimas e manifestou solidariedade ao povo da Palestina.

    Além disso, o Brasil também pediu a criação de corredores humanitários para a passagem de suprimentos aos civis em Gaza.

    “O Brasil reitera o apelo para o imediato estabelecimento de corredores e pausas humanitárias que permitam a condução em segurança do trabalho humanitário e o fornecimento de água, comida, suprimentos médicos, combustível e eletricidade a Gaza”.

    De acordo com o Ministério da Saúde palestino, pelo menos 471 pessoas morreram e 314 ficaram feridas no ataque ao hospital em Gaza. O governo de Israel responsabilizou a Jihad Islâmica pelo ataque.

    VÍDEO – Médico de hospital em Gaza relata terror no momento de bombardeio

    De acordo com a agência Reuters, o porta-voz da Jihad Islâmica Palestina negou que o grupo seja responsável.

    A CNN não conseguiu verificar de forma independente o autor do ataque que causou as explosões.

    EUA veta resolução do Brasil na ONU

    O comunicado do governo brasileiro vem cerca de uma hora depois que os Estados Unidos vetaram a resolução costurada pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre a guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas.

    Apesar da votação ter resultado em maioria absoluta a favor da aprovação do texto, os norte-americanos têm a prerrogativa de vetar uma resolução já que são uma das nações com assento permanente no Conselho de Segurança. China, França, Rússia e Reino Unido possuem o mesmo status.

    Veja imagens do conflito entre Israel e Hamas

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    O texto condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns. A resolução proposta pelo Brasil pedia ainda pausas no conflito que permitissem o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, região onde a guerra está concentrada.

    O representante do Brasil no Conselho criticou a dificuldade para aprovação de um texto consensual diante de uma situação que ele classificou como “catástrofe humanitária”.

    VÍDEO – EUA vetam resolução do Brasil na ONU sobre guerra em Israel

    Veja nota do governo brasileiro na íntegra:

    O governo brasileiro condena, de forma veemente, o bombardeio que atingiu o hospital Ahli-Arab, na Faixa de Gaza, na noite de ontem, 17/10, provocando centenas de mortes. Expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo da Palestina.

    O Brasil repudia nos mais fortes termos ataques a alvos civis, sobretudo a estruturas de saúde, e exorta as partes no conflito a cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário.

    O Brasil reitera o apelo para o imediato estabelecimento de corredores e pausas humanitárias que permitam a condução em segurança do trabalho humanitário e o fornecimento de água, comida, suprimentos médicos, combustível e eletricidade a Gaza.

    Insta também a que seja dado acesso do Comitê Internacional da Cruz Vermelha aos reféns para que possa desempenhar suas funções de agente humanitário neutro e reitera seu apelo a que os reféns sejam liberados.

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