Boris Johnson diz que, se necessário, Reino Unido manterá relações com Talibã
Primeiro-ministro britânico afirmou que 'esforços políticos e diplomáticos' para encontrar uma solução para o Afeganistão continuarão e defendeu seu chanceler
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta sexta-feira (20) que seu país trabalharia com o Talibã, se for necessário, após o grupo islâmico assumir o controle do Afeganistão.
Ele também defendeu seu ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, criticado pela forma como o país lidou com a situação ao longo da semana.
“O que quero garantir às pessoas é que nossos esforços políticos e diplomáticos para encontrar uma solução para o Afeganistão, trabalhando com o Talibã, é claro, se necessário, continuarão”, disse Johnson.
O premiê britânico disse ainda que a situação no aeroporto de Cabul, onde milhares de afegãos desesperados se aglomeram em busca de uma oportunidade de sair do país, está “ligeiramente melhor”.
O governo britânico afirmou que garantiu a retirada de 1.615 pessoas desde sábado (14), incluindo 399 cidadãos britânicos e seus dependentes, 320 funcionários da embaixada e 402 afegãos.
Questionado se ainda confia em Raab, que enfrentou pedidos de demissão de adversário em razão da resposta do país à crise, ele disse: “Com certeza”.