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    Bolívia: Tribunal Eleitoral mantém 18 de outubro como data limite para eleição

    Desde o início do mês, dezenas de estradas em toda a Bolívia foram bloqueadas por grupos que se opõem à mudança na data das eleições

    A presidente da Bolívia, Jeanine Añez
    A presidente da Bolívia, Jeanine Añez Foto: Cortesia da Presidência da Bolícia/Divulgação via Reuters

    Sebastián Jiménez Valencia,

    da CNN

     

    O Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia confirmou a determinação de que as eleições gerais sejam realizadas em 18 de outubro de 2020. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo presidente do TSE, Salvador Romero, horas depois de Jeanine Áñez, a presidente interina, promulgar lei que definiia essa data como prazo máximo para a realização das eleições.

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    “Fica ratificada, como indicamos após a aprovação da lei, a aprovação da resolução do TSE, no domingo, dia 18 de outubro de 2020, como dia da votação. Ao mesmo tempo, expressamos nossa total disposição de continuar o diálogo com todos os atores políticos, sociais ou regionais, porque existem elementos importantes, conhecemos as expectativas dos diferentes atores ”, disse Romero.

    A data definida não coincide com o pedido da Central Obrera Boliviana (COB) e do chamado Pacto de Unidade (formado por grupos mobilizados), que nesta quarta-feira disse ao TSE que os bloqueios no país seriam suspensos se as eleições fossem no dia 11 de outubro.

    Desde 3 de agosto, dezenas de estradas em toda a Bolívia foram bloqueadas por grupos que se opõem à mudança na data das eleições. Isso, de acordo com o governo interino, dificultou a entrega de tanques de oxigênio e outros suprimentos para pacientes que sofrem de covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos 30 pessoas perderam a vida por falta de suprimentos e oxigênio.

    Romero não mencionou o pedido da COB e do Pacto de Unidade, mas mostrou seu otimismo. “Temos a certeza de que com os elementos de certeza que hoje se apresentam, caminharemos para uma desmobilização progressiva dessas atividades e temos certeza de que isso vai gerar a tranquilidade que o país tanto almeja”, afirmou.

    Por outro lado, nos dias anteriores, o ex-presidente Evo Morales e outros integrantes do Movimento pelo Socialismo (MAS) fizeram um apelo para que se aceitasse o dia 18 de outubro como data das eleições.

    A Central Obrera Boliviana (COB) e o Pacto de Unidade, formado por diversos setores filiados a essa entidade sindical, rejeitaram a lei aprovada pelas câmaras de deputados e senadores na Assembleia Legislativa, que foi posteriormente promulgada pela presidente interina Jeanine Áñez, este Quinta.

    Juan Carlos Huarachi, do COB, disse que esta lei nunca foi acertada com os setores mobilizados e que se sentem traídos. “Não vamos aceitar, aqui o COB e o Pacto de Unidade estão firmes e unidos e agora temos que identificar os verdadeiros traidores, aqueles que nos traíram”, disse o Secretário-Geral do COB.

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