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    Blinken diz que Israel não pode ocupar Gaza, mas “pode haver necessidade de um período de transição”

    Secretário de Estado dos Estados Unidos respondeu aos comentários do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que disse que Israel terá a “responsabilidade geral pela segurança” em Gaza

    Secretário de Estado dos EUA Antony Blinken em Tóquio
    Secretário de Estado dos EUA Antony Blinken em Tóquio 8/11/2023 REUTERS/Jonathan Ernst

    Jennifer Hanslerda CNN

    O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta quarta-feira (8) que está “claro que Israel não pode ocupar Gaza”, mas “pode haver necessidade de algum período de transição no final do conflito” entre Israel e Hamas.

    A fala do principal diplomata dos EUA sobre um “período de transição” veio em resposta aos comentários do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. No início desta semana, Netanyahu disse que Israel terá a “responsabilidade geral pela segurança” em Gaza por um “período indefinido” após o fim da guerra contra o Hamas.

    Blinken disse ter ouvido de autoridades israelenses que “eles não têm intenção de reocupar Gaza ou manter o controle de Gaza”.

    Refutando implicitamente os comentários de Netanyahu, Blinken expôs os termos dos Estados Unidos para “paz e segurança duradouras” em Gaza após a guerra, ressaltando que o território não deve ser reduzido ou ocupado.

    “É imperativo que o povo palestino seja central para o governo em Gaza, e também na Cisjordânia, e mais uma vez, que não vejamos uma reocupação”, disse Blinken em uma coletiva de imprensa após uma reunião dos ministros de Relações Exteriores do G7, em Tóquio.

    “A única questão é: existe algum período de transição que possa ser necessário? E quais poderiam ser os mecanismos que você poderia implementar para garantir que haja segurança. Mas somos muito claros quanto à não haver uma reocupação, assim como somos muito claros quanto à não haver o deslocamento da população palestina”, disse ele.

    “Como dissemos antes, precisamos ver e chegar, de fato, a uma unidade de governo quando se trata de Gaza e da Cisjordânia e, em última análise, a um Estado palestino”, disse Blinken.