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    Blinken diz que EUA têm relatórios confiáveis que indicam crimes de guerra da Rússia

    Informações indicam que governo russo teria feito ataques deliberados a civis, diz secretário de Estado norte-americano

    Da CNN*

    O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, declarou neste domingo (6) em entrevista exclusiva à CNN, que os Estados Unidos receberam “relatórios confiáveis” que indicam que a Rússia cometeu crimes de guerra durante a invasão à Ucrânia.

    “Vimos alguns relatórios bastante seguros que indicam ataques deliberados a civis, que constituem um crime de guerra. São bastante críveis”, afirmou Blinken ao programa “State of the Union” da CNN.

    “O que estamos fazendo agora é documentar tudo isso, juntar tudo, olhar para isso e garantir que, à medida que as pessoas e as organizações e instituições apropriadas investiguem se crimes de guerra foram ou estão sendo cometidos, podemos apoiar o que elas [organizações] estão fazendo”, acrescentou. “Estamos analisando esses relatórios. Eles são bem embasados, e nós estamos documentando tudo.”

    O secretário de Estado, que está em Chisinau, capital de Moldova, próximo à fronteira com a Ucrânia, também afirmou que o governo norte-americano está “trabalhando junto” com a Polônia para um possível envio de aeronaves aos ucranianos, intermediado por Varsóvia.

     

    Questionado sobre a posição da China no conflito, Blinken disse que conversou por uma hora com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e que é preciso “ouvir o que a China tem a dizer”.

    Ele disse que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) foi “criado para garantir a base de segurança no mundo e a soberania dos Estados”. “E temos um membro permanente violando a existência do Conselho. A voz da China é muito importante”, acrescentou o secretário de Estado dos EUA.

    Mais cedo, em entrevista coletiva, Blinken disse que Vladimir Putin comete “violência não só contra homens, mulheres e crianças, e sim contra os princípios que subjazem essa ordem”.

    “Isso não pode ficar impune, senão abriremos uma caixa de Pandora que vamos lamentar ter sido aberta, não só na Europa, mas no mundo tudo. Os princípios básicos que estruturam essa ordem permitem que os países saibam da sua soberania, suas fronteiras. Isso permita que o povo decida seu próprio futuro, e tudo isso está em jogo nessa agressão.”

    “O que acontece com a Ucrânia, com a sua independência, soberania e integridade territorial, pode acontecer com Moldova e qualquer outro país”, acrescentou.

    Crimes de guerra

    A embaixada dos EUA na Ucrânia publicou na sexta-feira um tweet que informa que o ataque a uma usina nuclear é um crime de guerra, depois que as forças de invasão russas tomaram a maior usina nuclear da Europa em intensos combates no sudeste da Ucrânia, provocando alarme global.

    Segundo informações da CNN, o Departamento de Estado enviou uma mensagem a todas as embaixadas dos EUA na Europa dizendo para elas não retuitarem esse tweet da embaixada de Kiev.

    Fotos –

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    EUA analisam com aliados a possibilidade de proibir importações de petróleo da Rússia

    Ainda neste domingo, Blinken disse que os EUA estão trabalhando com seus aliados na Europa para analisar a possibilidade de proibir as importações de petróleo russo, em um esforço para punir ainda mais o país.

    “Quando se trata de petróleo, petróleo russo, eu estava ao telefone ontem com o presidente e outros membros do gabinete sobre exatamente esse assunto, e agora estamos conversando com nossos parceiros e aliados europeus para analisar de maneira coordenada a perspectiva de proibir a importação de petróleo russo, garantindo que ainda haja um suprimento adequado de petróleo nos mercados mundiais”, disse Blinken, na entrevista ao “State of the Union”, da CNN.

    “Essa é uma discussão muito ativa enquanto falamos”, acrescentou o secretário de Estado ao apresentador Jake Tapper.

    Os EUA já anunciaram uma série de sanções contra a Rússia e o presidente Vladimir Putin desde o início da invasão. Mas a medida sem precedentes de sancionar suas exportações de petróleo provavelmente faria os preços dispararem, causando um golpe doloroso para os consumidores em todo o mundo, já que a Rússia é o segundo produtor mundial de petróleo.

    Embora os EUA consumam muito pouco petróleo russo – as importações de petróleo da Rússia chegaram a apenas 90.000 barris por dia em dezembro – o mercado global interconectado significa que choques de oferta em uma parte do mundo podem afetar os preços em todos os lugares.

    *Com informações de Devan Cole, da CNN, e Reuters

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