Biden receberá líderes da Suécia e Finlândia na Casa Branca
Americano encontrará colegas na próxima quinta-feira (19) em demonstração de apoio à adesão dos países à Otan
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, receberá na quinta-feira (19) a primeira-ministra da Suécia e o presidente da Finlândia na Casa Branca, em uma importante demonstração de apoio dias depois que os dois países anunciaram que procurariam se juntar à Otan.
Os líderes devem discutir os pedidos de entrada da Finlândia e da Suécia na Otan, a segurança europeia e o apoio à Ucrânia em meio à invasão da Rússia, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em um comunicado.
Ambos os países estão procurando se juntar à aliança militar depois que o ataque da Rússia à Ucrânia provocou novas preocupações de segurança em toda a região. Suas tentativas históricas de ingressar na Otan representam uma evolução dramática na segurança e na geopolítica europeias.
Os Estados Unidos e outros líderes da aliança expressaram apoio à adesão da Finlândia e da Suécia à aliança militar. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o país “apoiaria fortemente” suas aplicações na Otan.
Tanto a Finlândia como a Suécia já cumprem muitos dos requisitos para ser membro da aliança, que incluem ter um sistema político democrático funcional baseado numa economia de mercado; tratar as populações minoritárias de forma justa; comprometer-se a resolver conflitos pacificamente; a capacidade e vontade de fazer uma contribuição militar para as operações da Otan; e comprometer-se com as relações e instituições democráticas civis-militares.
Mas a medida foi recebida com resistência por Rússia e Turquia. O presidente russo, Vladimir Putin, disse na segunda-feira (16) que a entrada da Finlândia e da Suécia na Otan não criaria uma ameaça à Rússia, mas a “expansão da infraestrutura militar neste território certamente causará nossa resposta”.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse em um comunicado que a Rússia “será forçada a tomar medidas de retaliação, tanto de natureza militar-técnica quanto de outra natureza, a fim de impedir as ameaças à sua segurança nacional que surgem a esse respeito”.
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse esta semana que não aprovaria a adesão da Suécia e da Finlândia à Otan e que as delegações das nações não deveriam se incomodar em ir à Turquia para tentar convencer seu governo a aprovar a adesão.
A reunião acontece no mesmo dia em que o presidente deve partir para Seul, na Coreia do Sul, para sua primeira viagem à Ásia como presidente. Também está programado que Biden vá ao Japão durante a viagem.
A viagem de quatro dias à Ásia pretende ressaltar o compromisso de Biden com a região, mesmo com a atenção internacional voltada para a crise na Ucrânia. Mas também ocorre quando Biden procura manter os EUA e seus aliados unidos contra a guerra não provocada da Rússia na Ucrânia em meio a crescentes baixas civis e intensificação dos combates.
Países apresentarão sua candidatura à Otan na quarta-feira (18)
A Finlândia e a Suécia entregarão sua solicitação à Otan na quarta-feira (18), disse a primeira-ministra sueca Magdalena Andersson durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente finlandês Sauli Niinistö em Estocolmo.
“A democracia venceu”, disse Niinistö.
“Toda esta primavera foi um triunfo para a democracia na Finlândia”, disse ele, referindo-se ao apoio esmagador que a candidatura finlandesa à aliança recebeu hoje no parlamento e ao apoio entre o povo finlandês.
“A Suécia também espera cooperar com a Turquia dentro da Otan”, disse Andersson, em referência aos comentários do presidente turco contra a entrada dos países no bloco militar.
*com informações de Per Bergfors Nyberg, da CNN