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    Biden planeja decretar série de medidas que vão desfazer as políticas de Trump

    Coronavírus, acordos climáticos, refugiados e direitos de transgêneros estão entre as prioridades do democrata

    O democrata Joe Biden em discurso em Wilmington
    O democrata Joe Biden em discurso em Wilmington Foto: Kevin Lamarque/Reuters (07.nov.2020)

    Eric Bradner and Sarah Mucha, da CNN

    O recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu reafirmar o papel de liderança do país no cenário global por meio de uma série de decretos no primeiro dia de mandato, que deve marcar o início de uma drástica mudança nas políticas até então aplicadas por Donald Trump .

    Agora que Biden derrotou o republicano, sua equipe de transição começa a transformar suas promessas de campanha em planos que devem ser implementados logo no início de sua presidência.

    O primeiro plano de Biden é frear o avanço da pandemia de coronavírus no país. Ele deve nomear uma força-tarefa de 12 pessoas para lidar com a crise sanitária na segunda-feira (9), conforme afirmaram duas fontes próximas ao novo presidente. Biden também disse que vai se reunir com o Dr. Anthony Fauci, o maior especialista do governo em doenças infecciosas, antes de assumir o cargo.

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    O democrata também está prestes a decretar uma série de medidas que desfariam muitas das ações de política externa de Trump para tentar recolocar rapidamente os Estados Unidos de volta ao status global que tinham no final do governo do ex-presidente Barack Obama, quatro anos atrás.

    Questionado sobre as ações que Biden tomará em seu primeiro dia no cargo, seu assessor de campanha, Symone Sanders, disse à CNN que o presidente eleito “vai cumprir as promessas” feitas durante a campanha.

    Biden prometeu diversas vezes ao longo da disputa que, em seu primeiro dia de mandato, vai aderir novamente ao acordo climático de Paris, um tratado internacional histórico que visa combater a devastação do meio ambiente do qual Trump se retirou em 2017. Ele também disse que retornaria à Organização Mundial de Saúde (OMS), da qual Trump também estava tentando sair.

    As duas medidas ressaltam uma grande diferença entre os dois presidentes: Biden há muito tempo acredita nas organizações multilaterais e nos acordos entre nações, dos quais Trump sempre desconfiou.

    Biden também disse que vai revogar a proibição de Trump a viagens para alguns países de maioria muçulmana e reinstaurar o programa Deferred Action for Childhood Arrivals, que permite que os “sonhadores” — imigrantes sem documentos que foram trazidos para os Estados Unidos quando crianças — permaneçam em o país.

    O resultado da eleição — que ainda deixa aos republicanos uma estreita maioria no Senado, embora os democratas tenham ganhado o controle da Câmara — ressalta a dificuldade que Biden terá nas batalhas legislativas, aumentando a importância dos decretos em sua administração.

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    A equipe de transição montada por Biden está se preparando desde o Dia do Trabalho (comemorado em 6 de setembro, nos EUA) e intensificou suas atividades nas últimas semanas — com o lançamento de um site e novas contas de redes social neste domingo (8).

    A conta do Twitter Biden-Harris postou que o novo governo assumirá os desafios “mais urgentes” que a nação enfrenta, incluindo “proteger e preservar a saúde de nossa nação, renovar nossas oportunidades de sucesso, promover a igualdade racial e lutar contra a crise climática”, dizia a publicação.  

    Biden prometeu ainda durante a campanha tomar medidas para reformar o governo, incluindo expandir e transformar em lei uma promessa de ética instituída pela administração de Obama, que trata de questões de lobby e também “qualquer influência imprópria ou inadequada de interesses pessoais, financeiros e outros” no governo americano.

    Ele também prometeu restabelecer outra orientação instituída durante a administração de Obama, que garante o acesso dos estudantes transgêneros a banheiros e vestiários de acordo com sua identidade de gênero.