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    Biden não confirma que falará sobre assassinato de jornalista em visita à Arábia Saudita

    Presidente americano defende que a visita, criticada bipartidariamente nos EUA, não tratará apenas da produção de petróleo

    Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Yair Lapid, primeiro-ministro de Israel, em Tel Aviv, em 14 de julho de 2022
    Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Yair Lapid, primeiro-ministro de Israel, em Tel Aviv, em 14 de julho de 2022 Israeli Government Press Office/Handout/Anadolu Agency via Getty Images

    Allie Malloyda CNN

    Em Jerusalém

    O presidente dos Estados Unidos Joe Biden não se comprometeu nesta quinta-feira (14) a levantar o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018 com líderes na Arábia Saudita esta semana, dizendo que “sempre” traz à tona os direitos humanos e que suas opiniões sobre o assassinato foram “absolutamente” claras.

    “Minhas visões sobre Khashoggi foram emitidas de forma absolutamente, afirmativamente claras, e eu nunca fiquei em silêncio sobre perguntas sobre direitos humanos”, disse Biden na quinta-feira, quando perguntado se traria o assunto durante seu encontro com a liderança saudita, que deve acontecer na sexta-feira (14).

    Quando Biden viajar para Jeddah, na Arábia Saudita, na sexta-feira, terá uma reunião bilateral com o rei saudita Salman e seus conselheiros, incluindo o príncipe Mohammed bin Salman. Alguns oficiais dos EUA disseram à CNN que esperam que bin Salman e Biden tenham um momento isolado durante a reunião, apesar de a coreografia do encontro provavelmente ser ditada pelos anfitriões sauditas.

    Oficiais dos EUA afirmaram à CNN antes da viagem que é possível que Biden mencione o assassinato de Khashoggi, e que o governo espera que bin Salman reconheça alguma responsabilidade pelo crime. Os EUA acusaram o príncipe em um relatório desconfidencializado da CIA de ter aprovado o assassinato de Khashoggi, mas ele negou qualquer envolvimento.

    O presidente americano na quinta-feira defendeu sua decisão de viajar para a Arábia Saudita e encontrar bin Salman, ação que gerou críticas bipartidárias em sua terra natal. Ele afirmou que a visita serviria para promover interesses dos EUA.

    “Há muitos assuntos em questão que eu gostaria de esclarecer, que podemos continuar a liderar na região e não criar um vácuo — um vácuo que seria preenchido pela China ou pela Rússia, contra os interesses de Israel, dos EUA, e de outros países”, disse Biden.

    Biden disse que irá levar uma “mensagem direta” para a liderança saudita na sexta-feira — “uma mensagem de paz e das oportunidades extraordinárias que uma região mais estável e integrada poderia levar aos arredores e, francamente, para o mundo inteiro.”

    Apesar de não ser esperado que a produção de petróleo seja o tópico principal da reunião, oficiais dos EUA aspiram que esse assunto apareça — há esperança de que o reino se comprometa a aumentar a produção nas semanas após o encontro. Biden disse na quinta-feira que a razão pela qual está visitando a Arábia Saudita é “muito maior” que apenas petróleo, e que está viajando para promover interesses americanos.

    Ele destacou que se encontrará com muitos líderes do Oriente Médio e comparecerá a uma reunião do Conselho de Cooperação do Golfo e mais três convidados — Egito, Iraque e Jordânia.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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