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    Biden indica possível primeira autoridade federal transgênero dos EUA

    Chandelis Duster, da CNN

    O presidente eleito Joe Biden indicou a doutora Rachel Levine para ser sua secretária adjunta de saúde. Ela entrará para a história como a primeira autoridade federal transgênero a ser confirmada pelo Senado dos Estados Unidos, de acordo com uma declaração feita na terça-feira (19).

    Levine é atualmente a secretária de saúde do estado da Pensilvânia e professora de pediatria e psiquiatria na Penn State College of Medicine. Ela também atuou como diretora médica do estado em 2015 e secretária adjunta de saúde em 2017. Levine foi confirmada como secretária de saúde do estado em 2018, sob a administração do governador democrata Tom Wolf. 

    Ao longo de sua carreira, Levine escreveu sobre a crise dos opioides, medicina LGBTQ, maconha medicinal, distúrbios alimentares e medicina do adolescente. Formada em Harvard e pela Tulane University School of Medicine, ela concluiu sua formação em Pediatria e Medicina do Adolescente no Mt. Sinai Medical Center, em Nova York.

    “A doutora Rachel Levine trará a liderança estável e a experiência de que precisamos para fazer as pessoas passarem por esta pandemia, independentemente de seu código postal, raça, religião, orientação sexual, identidade de gênero ou deficiência, e para atender às necessidades de saúde pública de nosso país neste momento crítico e no futuro”, disse Biden em uma declaração. “Ela é uma escolha histórica e profundamente qualificada para ajudar a liderar os esforços de nosso governo em questões de saúde”.

    Levine disse em uma declaração na terça-feira (19) que tem orgulho do trabalho que realizou para tratar de questões de saúde e igualdade LGBTQ no estado, e que está honrada por ter servido aos cidadãos da Pensilvânia.

    “Aguardo com expectativa a oportunidade de continuar a servir os cidadãos da Pensilvânia, e todos os norte-americanos, como parte do governo Biden, se eu tiver a sorte de ser confirmada para este cargo”, disse.

    A vice-presidente eleita Kamala Harris elogiou Levine como sendo “uma notável funcionária pública com conhecimento e experiência”, que irá ajudar a conter a pandemia do coronavírus e “proteger e melhorar a saúde e o bem-estar do povo americano”.

    Levine se junta a outros indicados do governo Biden que farão história se confirmados pelo Senado para atuar em altos cargos, incluindo o procurador geral da Califórnia Xavier Becerra, que foi indicado para chefiar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. Becerra vai ser a primeira pessoa de origem hispânica a liderar o departamento, se confirmado pelo Senado.

    Em dezembro, Biden indicou Pete Buttigieg, o ex-prefeito da cidade de South Bend, Indiana, para ser seu secretário de transportes. Buttigieg será o primeiro secretário de gabinete assumidamente LGBTQ confirmado pelo Senado, caso sua indicação passe pela câmara.

    A indicação de Levine foi celebrada pelos principais grupos de defesa LGBTQ na terça-feira (19), inclusive pelo Centro Nacional para a Igualdade de Transgêneros, cuja diretora executiva, Mara Keisling, disse que Biden “deixou claro que pessoas transgênero são uma parte importante de nosso país”. 

    Levine “demonstrou seu compromisso com o serviço público e é altamente qualificada. Ela merece a chance de servir nosso país nos mais altos cargos”, disse Keisling em um comunicado. 

    Alphonso David, presidente da entidade Human Rights Campaign, também elogiou a escolha de Biden, e escreveu em um tuíte que Levine “tem sido um modelo de liderança e demonstrou habilidade e compaixão durante uma das maiores crises de nossa nação”. 

    A ex-prefeita de Houston, Annise Parker, que é presidente e CEO do LGBTQ Victory Institute, também chamou a indicação de Levine de “pioneira” em uma declaração na terça-feira (19), acrescentando que isso “demonstra que o governo Biden escolherá os indivíduos mais qualificados para liderar nossa nação, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero”. 

    Kate Sullivan, Devan Cole e Ariane de Vogue da CNN contribuíram para esta reportagem.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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