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    Biden e Scholz discutem apoio à Ucrânia e risco de China fornecer armas à Rússia

    Presidente dos Estados Unidos e chanceler alemão conversaram nesta sexta-feira sobre conflito que entra no segundo ano

    Por Andrea Shalal e Steve Holland e David Brunnstrom, da Reuters

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, conversaram nesta sexta-feira sobre a guerra na Ucrânia, e compartilharam preocupações de que a China possa fornecer armas à Rússia conforme sua invasão da Ucrânia entra no segundo ano.

    Sentado ao lado de Scholz no Salão Oval, Biden agradeceu ao líder alemão por sua “liderança forte e constante” e pelo apoio à Ucrânia. Scholz disse que é importante demonstrar que os aliados apoiarão a Ucrânia “pelo tempo que for preciso e pelo tempo que for necessário”.

    Biden elogiou a decisão de Scholz de aumentar os gastos militares da Alemanha e diversificar as fontes de energia além da Rússia, e disse que os dois líderes trabalharam em sintonia com outros aliados para apoiar a Ucrânia. Autoridades dos EUA disseram que a Ucrânia está se preparando para uma nova ofensiva dos russos nas próximas semanas.

    “Como aliados da Otan, estamos tornando a aliança mais forte”, disse Biden, enquanto os Estados Unidos anunciavam um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia no valor de 400 milhões de dólares, incluindo munição e pontes táticas para mover tanques e veículos blindados.

    A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a jornalistas pouco antes da reunião que isso ajudaria os líderes a discutir a coordenação na Ucrânia e aprofundar seu relacionamento.

    O encontro com Scholz veio dias depois que o conselheiro de segurança de Biden, Jake Sullivan, disse que Biden só enviou tanques Abrams para a Ucrânia em janeiro porque o líder alemão fez disso uma pré-condição para o envio dos tanques alemães Leopard.

    A decisão de Biden foi contra o conselho de suas Forças Armadas, disse Sullivan à emissora ABC News. Berlim insistiu e Biden passou a ver que era necessário, e por isso a decisão foi consensual.

    Scholz chegou a Washington no momento em que os EUA estão consultando aliados sobre a imposição de sanções à China caso Pequim venha a fornecer apoio militar à Rússia para sua guerra na Ucrânia, segundo quatro autoridades norte-americanas e outras fontes.

    Nem Washington nem Berlim têm evidências de que Pequim forneceu armas a Moscou, mas autoridades dos EUA dizem que estão monitorando a situação de perto.

    Um alto funcionário da União Europeia disse em um briefing separado que seria uma “linha vermelha absoluta” se a China fornecesse armas à Rússia, e a UE responderia com sanções.

    A Alemanha normalmente adota uma postura muito menos agressiva em relação à China, seu principal parceiro comercial, do que os EUA, mas Scholz pediu na quinta-feira que a China não forneça armas a Moscou e pediu a Pequim que pressione a Rússia a retirar suas forças da Ucrânia, um discurso bem recebido pelas autoridades dos EUA.

     

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