Biden e aliados europeus afirmam “determinação de continuar pressionando a Rússia”
Chefes de Estado conversaram por ligação nesta terça-feira; presidente dos EUA também se encontrou com o primeiro-ministro de Singapura
Os presidentes de Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e o primeiro-ministro do Reino Unido “afirmaram sua determinação em continuar aumentando os custos contra a Rússia por seus ataques brutais na Ucrânia” em uma ligação na manhã desta terça-feira (29), de acordo com um comunicado da Casa Branca.
Os chefes de Estado também concordaram em continuar “fornecendo assistência de segurança para a Ucrânia se defender contra esse ataque injustificado e não provocado”.
“Eles revisaram seus esforços para fornecer assistência humanitária aos milhões afetados pela violência, tanto na Ucrânia quanto em busca de refúgio em outros países, e destacaram a necessidade de acesso humanitário aos civis em Mariupol”, diz o texto a Casa Branca.
“Também discutiram a importância de apoiar mercados de energia estáveis à luz das atuais interrupções devido a sanções”, acrescenta a nota.
Mais cedo, um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que os líderes concordam com a necessidade contínua de “apoiar e sustentar” o povo da Ucrânia contra a “barbárie russa”.
“O primeiro-ministro ressaltou que devemos julgar o regime de Vladimir Putin por suas ações, não por suas palavras. Putin está torcendo a faca na ferida aberta da Ucrânia em uma tentativa de forçar o país e seus aliados a se render”, adicionou o porta-voz.
Biden e primeiro-ministro de Singapura condenam invasão russa
Após uma reunião nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, disseram, em declaração conjunta, que as duas nações “reconhecem que as ameaças à Carta da ONU e à ordem internacional em qualquer lugar, incluindo o ataque não provocado da Rússia à Ucrânia, colocam em risco a paz e a prosperidade em todo o mundo”.
“A guerra na Ucrânia tem um impacto negativo na região do Indo-Pacífico, que já enfrenta muitos desafios complexos. Juntos, as oportunidades e os desafios do século 21 exigem uma cooperação mais profunda entre nós”, escreveram os dois líderes.
De acordo com a Casa Branca, os dois resolveram expandir ainda mais a cooperação bilateral, dando “novos passos ousados para impulsionar o crescimento econômico e a inovação de base ampla, elevar os padrões de infraestrutura na região, enfrentar a crise climática, promover a segurança da saúde, aumentar a resiliência da cadeia de suprimentos, melhorar a segurança cibernética, garantir a sustentabilidade a longo prazo das atividades do espaço sideral e muito mais”.
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Após o presidente Vladimir Putin fazer um pronunciamento autorizando uma "operação militar especial" na Ucrânia, primeiras explosões foram registradas na capital Kiev na quinta-feira, 24 de fevereiro • Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Um comboio de tropas russas com quilômetros de extensão se desloca na Ucrânia, em direção à Kiev. Na última semana, autoridades britânicas afirmaram que a longa fila de veículos militares estaria parada • Maxar
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Desde o início da guerra, pelo menos 3,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, segundo dados da ONU. Cerca de 6,5 milhões se deslocaram dentro do território ucraniano • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Milhares de pessoas foram presas em protestos antiguerra na Rússia ao longo dos dias de guerra na Ucrânia • Anadolu Agency via Getty Images (27.fev.2022)
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Um fluxo de pessoas que passava por um posto de controle tentando deixar a cidade de Irpin, no dia 6 de março, foi atingido por um ataque de projéteis. Três pessoas foram mortas, disseram autoridades ucranianas, incluindo duas crianças. • Carlo Allegri/Reuters (07.mar.2022)
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Em 4 de março, um tiroteio entre forças russas e ucranianas causaram um incêndio no complexo onde fica localizada a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior desse tipo em toda a Europa. Os confrontos não chegaram a atingir os prédios de atividade nuclear • Reprodução
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No dia 9 de março, a Ucrânia acusou a Rússia de bombardear um hospital infantil e maternidade na cidade de Mariupol. Pelo menos uma gestante e seu bebê não resistiram aos ferimentos causados pelo ataque • Reuters
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Marina Ovsyannikova, editora de TV russa, chamou a atenção de todo o mundo após um protesto antiguerra ao vivo em um canal estatal. Depois da manifestação, Marina foi levada pela polícia e teria sido submetida à 14 horas de interrogatório • Russia Channel 1/Reprodução (14.mar.2022)
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Na quarta-feira, 16 de março, um teatro usado como abrigo em Mariupol foi atingido por um suposto ataque aéreo russo, segundo a Ucrânia. Imagens de satélite mostraram a palavra "crianças" escrita nos dois lados de edifício • Maxar Technologies
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Ataque a shopping center no distrito de Podilsky, em Kiev, deixou ao menos oito mortos. Destroços e escombros foram capturados do lado de fora • Ceng Shou Yi/NurPhoto via Getty Images (20.mar.2022)
Sobre a Ucrânia, eles enfatizaram o “compromisso inabalável com os princípios de soberania, independência e integridade territorial”, e condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia, que “claramente viola o direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas”.
Além disso, reconheceram “a necessidade de preservar um mundo em que as fronteiras não podem ser alteradas pela força e as relações de Estado para Estado são guiadas pelo direito internacional”.
Os dois líderes também condenaram o golpe militar em Mianmar, acrescentando que as duas nações “continuam pedindo o fim da violência contra civis no país, a libertação de todos os detidos políticos, incluindo a conselheira de Estado Aung San Suu Kyi, o presidente Win Myint e detidos estrangeiros”.
Por fim, também ressaltaram a necessidade de “acesso humanitário desimpedido e que Mianmar retorne ao seu caminho de transição democrática”.
Luke McGee, da CNN, contribuiu com reportagem para este post.