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    Biden diz que EUA “não tinham conhecimento ou participação” no ataque de Beirute

    Autoridade de Israel disse à CNN que ofensiva tinha como alvo o chefe do Hezbollah

    Donald Juddda CNN

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que está esperando mais informações antes de comentar sobre os ataques aéreos de Israel em Beirute, no Líbano, nesta sexta-feira (27). Ele reafirmou que os EUA não estavam envolvidos na operação das Forças de Defesa de Israel (FDI).

    “Ainda estamos coletando informações, mas posso garantir que os Estados Unidos não tinham conhecimento ou participação na ação das FDI. Estamos coletando mais informações. Terei mais a dizer quando tivermos mais dados”, declarou Biden a repórteres.

    A CNN informou nesta sexta-feira que, de acordo com uma autoridade dos EUA, Israel informou sobre a operação quando ela já estava em andamento e com aviões no ar.

    “Não tínhamos conhecimento prévio disso e isso não se qualifica como um aviso”, comentou o funcionário.

    Uma autoridade israelense disse à CNN que a notificação foi enviada “pouco antes” do ataque e que os EUA não desempenharam nenhum papel na operação.

    Questionado se acreditava que os ataques – que a CNN informou que teriam como alvo o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah – eram justificados, Biden recusou-se a dizer.

    “Precisamos obter mais detalhes”, comentou. “Não sei o suficiente para responder essa pergunta”.

    Ele acrescentou que está “sempre preocupado” com o conflito e aumento de tensões na região.

    Pelo menos duas pessoas morreram e 76 ficaram feridas após vários ataques aéreos israelenses nos subúrbios ao sul de Beirute, disse o Ministério da Saúde libanês nesta sexta-feira (27).

    Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah

    Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

    A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

    Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.

    O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

    Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

    No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

    Um adolescente brasileiro de 15 anos morreu após um ataque aéreo israelense. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.

    Quem é Ismail Haniyeh, líder político do Hamas morto no Irã

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