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    Biden diz não querer “nova Guerra Fria” com a China, mas não pede desculpa por balão derrubado

    Em pronunciamento nesta quinta-feira (16), presidente dos Estados Unidos também afirmou que pretende conversar com Xi Jinping

    Tiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (16) sobre os OVNIs detectados recentemente pelos EUA e sobre o balão chinês derrubado em 4 de fevereiro.

    O chefe de Estado afirmou que não busca uma “nova Guerra Fria” com o país asiático, mas que não pedirá desculpas pelo balão abatido. Ainda assim, ressaltou que o incidente mostra a importância de manter abertas as linhas diplomáticas e militares de comunicação.

    “Buscamos competição, não conflito com a China. Não estamos procurando uma nova Guerra Fria. Mas não peço desculpas, e vamos competir”, destacou, acrescentando que planeja falar com o presidente chinês, Xi Jinping. Ele não forneceu, porém, uma possível data para o encontro.

    Biden reforçou que o balão chinês foi derrubado quando era “seguro”. O governo americano recebeu críticas por não ter abatido o objeto antes, mas o presidente pontuou que os militares advertiram para o risco de realizar essa operação enquanto sobrevoasse a porção terrestre dos EUA.

    Ele também disse que parte substancial do dirigível foi recuperada e que derrubá-lo é uma mensagem clara de que “violações à nossa soberania são inaceitáveis”.

    OVNIs na América do Norte

    Sobre os Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) que foram abatidos na América do Norte recentemente, o presidente dos Estados Unidos informou que ainda não há confirmação do que eram ou seu propósito, mas que provavelmente estavam ligados a empresas privadas.

    “A avaliação atual da inteligência é que esses três provavelmente eram balões ligados a empresas privadas, instituições de recreação ou pesquisa que estudam o clima ou conduzem outras pesquisas científicas”, disse.

    Além disso, destacou que não há indicações de que estejam relacionados ao “programa chinês de balões-espião” ou a programas de vigilância de outros países.

    Outro ponto abordado pelo chefe de Estado americano é que não há evidência de que houve um aumento repentino no número de objetos no céu, mas a capacidade de identificá-los foi ampliada com melhora nos sensores.

    “Agora estamos vendo mais deles, em parte, devido às medidas que tomamos para aumentar nossos radares”, explicou.

    Medidas para monitorar objetos

    Joe Biden também revelou que instruiu o governo a tomar medidas para o monitoramento de objetos que entrem no espaço aéreo americano.

    São elas:

    • Os EUA estabelecerão um inventário melhor de objetos aéreos não tripulados acima do espaço aéreo do país e garantirão que seja “acessível e atualizado”;
    • Os EUA implementarão medidas para melhorar sua capacidade de detectar objetos não tripulados;
    • As autoridades atualizarão as regras e regulamentos para o lançamento e manutenção de objetos não tripulados acima dos EUA;
    • O secretário de Estado, Antony Blinken, liderará um esforço para ajudar a “estabelecer normas globais comuns neste espaço amplamente não regulamentado”.

    *com informações da CNN