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    Biden anuncia medida para aumentar número de refugiados acolhidos nos EUA

    Nova gestão tentará ampliar número máximo de acolhidos de 15 mil para 125 mil

    da CNN*



     

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (4) uma série de mudanças para a politica externa norte-americana, incluindo a intenção de admitir mais refugiados no país. 

    A medida vai na direção oposta da gestão anterior, quando os EUA tiveram baixas históricas no número de admissões. Essa é também uma promessa de campanha. 

    “Encaramos uma crise de mais de 80 milhões de pessoas deslocadas sofrendo em todo o mundo”, afirmou. “Então hoje estou aprovando um decreto para começar o trabalho duro de restaurar nosso programa de admissão de refugiados para ajudar a enfrentar a necessidade global sem precedentes”, disse. 

    A gestão Trump determinou a admissão de 15 mil refugiados como máximo para este ano fiscal, o número mais baixo desde 1980. Biden se comprometeu a ampliar esse número para 125 mil para o primeiro ano completo sob sua gestão. 

    Durante um discurso no Departamento de Estado, Biden também anunciou o fim do apoio americano à guerra no Iêmen, incluindo a venda de arma, e apontou um enviado, o diplomata veterano Tim Lenderking, para ajudar nessa interlocução. O presidente falou que o país deve ter um “papel mais ativo e engajado” pelo fim do conflito, que já dura seis anos.

    O democrata também anunciou um memorando em que se compromete a proteger os direitos dos LGBTs em todo o mundo.

    “A América está de volta, a diplomacia está de volta”, declarou ele. “Vamos reconstruir nossas alianças, vamos voltar a nos envolver com o mundo e enfrentar o desagio enorme que enfrentamos frente à pandemia, o aquecimento global e, de novo, defendendo a democracia e os direitos humanos ao redor do mundo”. 

    Rússia e China 

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (04.fev.2021)
    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (04.fev.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    Biden também falou sobre a relação diplomática com a Rússia e a China durante o seu mandato. 

    De acordo com ele, “a liderança americana deve estar a altura deste novo momento de avanço do autoritarismo, incluindo as ambições crescentes da China de rivalizar com os Estados Unidos, e a determinação da Rússia de prejudicar e perturbar nossa democracia”. 

    O presidente disse que enfrentará os abusos econômicos da China, mas que está pronto para dialogar. “Vamos enfrentar diretamente os desafios posados pela nossa prosperidade, segurança e valores democráticos pela nossa competidora mais séria, a China. Vamos confrontar os abusos econômicos da China, vamos nos opor à ação coercitiva da China no ataque aos direitos humanos, à propriedade intelectual, e à governança global, mas estamos prontos para trabalhar com Pequim quando for do interesse da América”, afirmou.

    Sobre a Rússia, Biden disse que estendeu um tratado com o país para preservar a estabilidade nuclear, mas que a postura dele será “muito diferente” do seu antecessor.  

    “Eu deixei claro para o presidente Putin, de uma maneira muito diferente do meu predecessor, que os dias dos Estados Unidos ignorarem as ações agressivas da Rússia, de interferirem na nossa eleição, de ciberataques, envenenamento de seus cidadãos, acabaram”, disse. “Não hesitaremos em aumentar o custo para a Rússia e defender nossos interesses vitais e nosso povo”. 

    Ele condenou a prisão do opositor de Putin, Alexei Navalny. “A prisão por motivos políticos de Alexei Navalney e os esforços russos de suprimir a liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica são assuntos de grande preocupação para nós e para a comunidade internacional”, declarou. “Ele está na mira por expor corrupção. Ele deveria ser libertado imediatamente, sem condições”. 

    (*Com informações de Nicole Gaouette, Jennifer Hansler e Kylie Atwood, da CNN Internacional)